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Vigilância não vai recolher kits
da Sucursal de Brasília
A Vigilância Sanitária não vai
mandar recolher os kits para realização do exame Papanicolau que
já foram distribuídos.
"A decisão de recolhimento se
baseia no fato de o produto oferecer risco à população. No caso dos
kits, eles não oferecem risco a
quem manipula o exame nem à
paciente", afirmou Marisa Lima
Carvalho, diretora da Vigilância
Sanitária de São Paulo.
O secretário nacional da Vigilância, Gonzalo Vecina Neto, concordou com a diretora. "O médico
olha o instrumento antes de realizar o exame. Ele não vai usar um
espéculo com rebarbas", disse.
"Os exames distribuídos ou já
foram usados ou o serão. Eles não
matam, mas podem eventualmente transmitir doença. Para esse
produto não há exigência de que
tenha de ser estéril, ele não é invasivo, mas tem de ser produzido de
forma adequada", disse Marisa.
Ela afirmou que uma prova de
que os médicos observam os componentes dos kits antes de usá-los
é que todas as denúncias feitas à
Vigilância foram de materiais rejeitados pelos médicos.
"Ele olha e descarta. Isso não vai
impedi-lo de realizar os exames
porque há outros kits", afirmou.
A diretora da Vigilância paulista
disse que praticamente todos os
kits que foram montados pela empresa clandestina terceirizada pela
Kolplast foram interditados. "A
empresa está interditada e de lá
não saiu praticamente nada".
Segundo Marisa, a Vigilância está aguardando um relatório da
Kolplast esclarecendo a origem
dos kits que estão estocados na empresa.
(BETINA BERNARDES)
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