São Paulo, quinta, 24 de setembro de 1998

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Vigilância não vai recolher kits

da Sucursal de Brasília

A Vigilância Sanitária não vai mandar recolher os kits para realização do exame Papanicolau que já foram distribuídos.
"A decisão de recolhimento se baseia no fato de o produto oferecer risco à população. No caso dos kits, eles não oferecem risco a quem manipula o exame nem à paciente", afirmou Marisa Lima Carvalho, diretora da Vigilância Sanitária de São Paulo.
O secretário nacional da Vigilância, Gonzalo Vecina Neto, concordou com a diretora. "O médico olha o instrumento antes de realizar o exame. Ele não vai usar um espéculo com rebarbas", disse.
"Os exames distribuídos ou já foram usados ou o serão. Eles não matam, mas podem eventualmente transmitir doença. Para esse produto não há exigência de que tenha de ser estéril, ele não é invasivo, mas tem de ser produzido de forma adequada", disse Marisa.
Ela afirmou que uma prova de que os médicos observam os componentes dos kits antes de usá-los é que todas as denúncias feitas à Vigilância foram de materiais rejeitados pelos médicos.
"Ele olha e descarta. Isso não vai impedi-lo de realizar os exames porque há outros kits", afirmou.
A diretora da Vigilância paulista disse que praticamente todos os kits que foram montados pela empresa clandestina terceirizada pela Kolplast foram interditados. "A empresa está interditada e de lá não saiu praticamente nada".
Segundo Marisa, a Vigilância está aguardando um relatório da Kolplast esclarecendo a origem dos kits que estão estocados na empresa. (BETINA BERNARDES)


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