KÊNYA ZANATTA
da Reportagem Local

Embalagens difíceis de abrir, que causam desperdício do produto ou não trazem informações, podem afugentar os consumidores.
Esta é uma das conclusões da pesquisa sobre a relação do consumidor com a embalagem realizada pelo Procon de São Paulo. Foram entrevistadas 360 donas-de-casa das classes A, B e C.
Mais de 90% apontaram que a embalagem deve oferecer segurança na utilização, preservar o produto, ter informações adequadas, ser prática no manuseio e não encarecer demais o produto. Apenas 32,5% das entrevistadas esperam que ela seja bonita e atraente.
Se tivessem problemas com uma embalagem, 57,8% não comprariam mais o produto. Destas, 29,3% ainda fariam propaganda negativa, 16,3% reclamariam com o fabricante e 12% recorreriam aos órgãos de defesa do consumidor.
Os dados indicam uma mudança de atitude. Em 92, uma pesquisa mostrou que 81,2% continuariam consumindo o produto com problemas na embalagem.
Para 54,7% das entrevistadas, a responsabilidade pelos problemas é do fornecedor, que oferece embalagens inadequadas e instruções confusas. As demais apontam dificuldades do próprio usuário (20,6%) e desatenção às instruções de uso (24,7%).
Segundo Vera Junqueira, diretora de Estudos e Pesquisas do Procon, o resultado mostra um consumidor exigente e consciente dos seus direitos. "Tivemos uma surpresa. O consumidor está muito mais atento às embalagens."



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