São Paulo, quinta, 24 de setembro de 1998

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TRAGÉDIA NA ANHANGUERA
Corpos eram os que restavam no IML de Campinas e foram transportados ontem por avião da FAB
Anápolis enterra 39 corpos de romeiros

da Folha Campinas

Um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) levou ontem os 39 corpos restantes das vítimas do acidente ocorrido no dia 8 na Anhanguera, em Araras (170 de SP), para Anápolis (GO), onde mora a maioria das famílias. Dos corpos, 16 ficaram sem identificação.
Com a transferência, todas as vítimas que estavam no IML (Instituto Médico Legal) de Campinas (99 km de SP) para serem identificadas foram transferidas e enterradas. Outros 14 corpos reconhecidos já haviam sido levados.
O transporte foi feito com uma hora de atraso por um avião Avro da FAB, às 13h, e deveria chegar às 14h30. Além das 39 urnas com as vítimas, foram enviadas duas contendo fragmentos de corpos não identificados.
"São partes de corpos de várias vítimas, o que torna difícil a identificação", disse o médico-legista do IML e professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Fortunato Badan Palhares. As duas urnas seriam enterradas junto com os outros corpos.
As 41 urnas saíram às 9h30 de ontem em dez peruas da Setec (Serviços Técnicos Gerais) e foram levadas para o Aeroporto Internacional de Viracopos.
A Prefeitura de Anápolis e as paróquias São Pedro e São Paulo e Nossa Senhora Aparecida organizaram um velório coletivo na feira coberta do bairro Alexandrina, próximo às casas das vítimas.
"Foi um pedido dos parentes", disse o vice-prefeito de Anápolis, Air Ganzarolli (PMDB), que colocou psiquiatras e médicos no local, à disposição das pessoas.
Os corpos foram enterrados no Cemitério Parque de Anápolis.
De acordo com Badan Palhares, o IML de Campinas encerrou os trabalhos de identificação dos corpos por meio de evidências, mas vai continuar acompanhando os resultados dos exames de DNA (código genético) das 16 vítimas.
A expectativa, segundo ele, é que os resultados fiquem prontos em até 30 dias. "Quando tivermos as identificações prontas, vamos colocar as placas com os nomes das vítimas. Não há perigo de haver trocas", disse Badan Palhares.



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