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Garota pode ter sido arrastada por 10 Km
da Folha Ribeirão
O delegado Samuel Antônio
Zanferdini vai usar uma segunda
versão sobre a morte da garota de
programa Selma Heloísa Artigas
da Silva, 22, em Ribeirão Preto
(319 km de São Paulo), para tentar
manter o empresário Pablo Russel
Rocha, 24, suposto assassino, preso por mais 30 dias.
Anteontem, o delegado tomou o
depoimento de quatro garçons
que afirmam ter visto o corpo de
Selma sendo arrastado pela avenida Francisco Junqueira, preso à lateral da Pajero dirigida por Rocha,
distante mais de 10 km do local
onde o acusado disse ter deixado a
vítima no dia de sua morte.
"Foi a primeira contradição na
defesa apresentada por ele", afirmou o delegado. Sem esse novo
depoimento, por falta de provas, o
principal suspeito deveria ser solto
no próximo dia 3, quando vence o
prazo de 20 dias da temporária.
A garota morreu no dia 11 após
ser arrastada pela Pajero. O corpo
de Selma, que estava grávida de
três meses, foi achado esfacelado.
Rocha disse em depoimento que
Selma desceu do veículo, no Anel
Viário, ficando presa por acidente
no cinto de segurança. Segundo
ele, o som dentro da Pajero estava
alto e por isso não ouviu nenhum
barulho.
De acordo com a nova versão,
Selma teria sido arrastada por
quase 14 km e não por 2,5 km, como havia sido estimado antes. Até
anteontem, havia só a versão do
acusado.
"Vou pedir a prorrogação da
prisão porque surgiram fatos novos e não terminarei o inquérito
dentro dos 20 dias", disse.
Segundo o delegado, não há como solicitar a prisão provisória,
que vale por tempo indeterminado, porque as investigações policiais não foram concluídas.
Os nomes das testemunhas não
foram revelados pela polícia por
questões de segurança.
Na delegacia, eles relataram ao
delegado que sinalizaram com o
farol e buzinaram para alertar a
Pajero. A partir do depoimento
das novas testemunhas, o delegado refez o caminho que teria sido
percorrido pelo empresário, que
assumiu ser o motorista da Pajero.
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