São Paulo, quinta, 24 de setembro de 1998 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice EDUCAÇÃO Cardeal ingressou com ação pública para isentar de taxa pessoas carentes ou alunos de escolas públicas D. Paulo pede liminar contra taxa da Fuvest
FERNANDO ROSSETTI da Reportagem Local O cardeal emérito de São Paulo, d. Paulo Evaristo Arns, entrou ontem com uma ação na Justiça pedindo a suspensão imediata da cobrança da taxa de inscrição de R$ 50 para o vestibular da Fuvest. O "pedido de liminar urgentíssimo" cobre candidatos que "concluíram ou estão concluindo seu curso de 2º grau (ensino médio) em instituição pública" ou que "declarem não poder arcar com o custo da taxa de inscrição". O texto da ação popular, elaborado por d. Paulo em conjunto com o advogado carioca Carlos Cleto, afirma que a cobrança da taxa é discriminatória e inconstitucional, já que a USP (Universidade de São Paulo) é pública e, portanto, gratuita. "É preciso lembrar que 68,9% das pessoas com dez anos ou mais de idade, residentes em domicílios urbanos na região Sudeste, possuem renda mensal inferior a três salários mínimos", diz o texto, citando anuário do IBGE de 1994. A Fuvest seleciona candidatos para a USP, a Universidade Federal de São Carlos, a Federal de São Paulo, a Santa Casa e a Academia de Polícia do Barro Branco. O movimento contra a cobrança de taxas para o vestibular de alunos de escolas públicas e de baixa renda é liderado por uma rede de cursinhos voltados para essa população. Deles, 22 são denominados Núcleos de Pré-Vestibular para Negros e Carentes -coordenados por igrejas ou sindicatos. "Nossa missão é potencializar o ingresso e a permanência de jovens negros e de baixa renda nas universidades públicas e particulares", afirma frei David Raimundo Santos, que coordena a rede de cursinhos. Segundo o advogado Cleto, a 9ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo deve apresentar hoje sua posição sobre o pedido de liminar. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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