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Local administrativo
é mais valorizado
da Sucursal de Brasília
A maioria das escolas analisadas pelo Fundescola dá mais importância a ambientes administrativos (como secretaria e depósito) do que a espaços pedagógicos e de recreação, como sala de
professores, biblioteca e quadras
poliesportivas.
Embora 54% das 10,2 mil escolas tenham secretaria, apenas
36,4% contam com sala de professores. Também é muito mais fácil
encontrar salas para o diretor do
que para o pedagogo: 44,2% das
escolas têm sala de direção, contra 9,4% que oferecem espaço para a supervisão pedagógica.
A cozinha é o ambiente mais comum nas escolas: ela é encontrada em 81,4% delas. Por outro lado, só 6,8% possuem refeitório.
Ou seja: há lugar para fazer a merenda, mas os alunos comem em
qualquer canto.
"Quando não chove, eles comem sentados na varanda ou espalhados pelo pátio. Se o tempo
está ruim, o jeito é comer na sala,
com cuidado para não sujar os cadernos", explica a professora Antônia Cardoso, 41, da Escola Municipal Manoel Cardoso, em Pirenópolis (GO), a terceira em pior
estado no Centro-Oeste.
Embora a construção de recreio
coberto seja obrigatória mesmo
para as escolas menores, apenas
36,6% das pesquisadas cumprem
a exigência da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação).
A lei estabeleceu padrões mínimos de funcionamento para as
escolas, segundo seu tamanho.
As escolas com até três salas de
aula precisam ter canto de leitura,
cozinha, diretoria, depósito, despensa, sanitários, recreio coberto
e depósito de gás.
Mas não são só as escolas pequenas que descumprem a lei.
Apenas 7,9% dos colégios com
mais de sete classes têm sala de recursos didáticos, embora todos
desse tamanho fossem obrigados
pela LDB a manter ambiente próprio para jogos educativos.
De todos os 19 Estados pesquisados, o Mato Grosso do Sul e o
Amapá são os que têm maior número de escolas que obedecem
aos padrões mínimos de funcionamento: 60,9% e 59,5%, respectivamente. Acre, Pará e Amazonas são os piores.
(DF)
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