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'Sim' vence onde há mais homicídios em SP
No Grajaú, 51,22% votaram pela probição da venda das armas de fogo; Jardim Paulista tem maior porcentagem de "não": 68,34%
GILMAR PENTEADO
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O "não" venceu em 44 das 47 zonas eleitorais da cidade de São
Paulo, mas o triunfo dos contrários ao fim do comércio de armas
e munição foi maior em áreas de
altos índices sociais e baixa violência. O "sim" só ganhou em três
regiões, justamente as líderes no
ranking de homicídios na capital
paulista.
Segundo levantamento do TRE
(Tribunal Regional Eleitoral) de
São Paulo, que apresentava apuração de 96% a 99% -dependendo da zona eleitoral- às 22h de
ontem, o "não" chegou a conquistar, em uma das zonas, 68,34%
dos votos válidos.
Foi a maior vitória do não no referendo, conquistada em um das
regiões mais ricas da cidade: Jardim Paulista, na zona oeste de São
Paulo. Segundo dados da Fundação Seade do ano de 2000, a região
do Jardim Paulista -divisão feita
pela prefeitura- tem a maior
proporção de responsáveis por
domicílios que recebem acima de
10 salários mínimos: 71,99 %.
As outras vitórias expressivas
do "não" ocorreram das zonas
eleitorais da Vila Mariana (representou 64,46% dos votos válidos)
e da Mooca, na zona leste da capital paulista. Essas duas regiões,
também segundo dados da Fundação Seade, são consideradas
áreas nobres.
De acordo com esse levantamento, Vila Mariana ocupa a
quarta posição no ranking entre
os distritos. Segundo a Fundação,
51,71% dos moradores dessa zona
eleitoral -que inclui os distritos
administrativos de Vila Mariana e
Cambuci- tem o rendimento superir a 10 salários mínimos.
Já a zona eleitoral da Mooca
-que abrange os distritos da
Mooca, Belém, e Água Rasa - ocupa 10º lugar nesse ranking.
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