São Paulo, terça-feira, 24 de outubro de 2006

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Para Infraero, falha humana é causa provável

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da Infraero, José Carlos Pereira, disse ontem que até o momento as investigações sobre o acidente do vôo 1907 da Gol não mostraram pane mecânica, reforçando a tese de uma conjunção de erros humanos no maior desastre da aviação civil brasileira.
"Até agora não vi nenhum problema técnico ou material. Eram dois aviões novos em folha. Raramente um acidente aéreo tem um único fator. Nesse caso específico, penso que ocorreram simultaneamente falhas em diversos setores. É possível que tenhamos problemas do controle, dos pilotos e das regras", afirmou o brigadeiro, que já foi piloto da comitiva da Presidência da República.
Segundo Pereira, mesmo sem contato com o controle de tráfego aéreo, os pilotos do Legacy deveriam ter mudado sua altitude para 36 mil pés, como estabelecem as cartas de navegação para o trajeto de Brasília (DF) a Manaus (AM).
O ministro da Defesa, Waldir Pires, também admitiu ontem a hipótese de as regras de aviação terem contribuído de alguma forma para o acidente. "Antes, a distância entre as aeronaves numa aerovia era de 2.000, 3.000 pés, hoje é de mil. Será que disso resultou alguma conveniência para o acidente? A investigação vai dizer. Podemos levar as conclusões para que as organizações internacionais estabeleçam se há necessidade de mudar", afirmou. (IURI DANTAS)


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