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Caminhão derruba passarela e pára rodovia
Acidente interditou a Anhangüera por cerca de 10 horas próximo à marginal Tietê, o que complicou o trânsito na região
Motorista, de 24 anos, está internado em estado grave; só neste ano, outros três caminhões derrubaram passarelas na Grande SP
AFRA BALAZINA
RICARDO GALLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Um caminhão-pipa carregado de água derrubou uma passarela de pedestres de 60 toneladas na rodovia Anhangüera
na madrugada de ontem e interditou os dois sentidos da pista por cerca de 10 horas.
O sentido capital só foi liberado completamente às 17h,
cerca de 15 horas após o acidente, ocorrido na cidade de São
Paulo, no km 17 da rodovia.
O motorista do caminhão,
Samuel de Jesus Ferreira, 24,
teve traumatismo craniano e
foi levado para o Hospital Regional de Osasco. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, ele
está em coma e corre risco de
morte. Ferreira trabalha para a
empresa Transporte de Água
Santo Elias, que não se manifestou sobre o acidente.
O veículo, que pesava 24 toneladas com a carga, seguia no
sentido capital quando bateu
num pilar de sustentação da
passarela, feita de concreto armado. O choque derrubou a
passarela. Antes, o caminhão
ainda derrubou 60 m da defensa metálica e 5 m da proteção
de concreto na lateral da pista.
Por causa do acidente, na
marginal Tietê houve um congestionamento de 4 km no sentido Castello Branco, às 9h. Na
rodovia dos Bandeirantes, para
onde o trânsito da Anhangüera
foi desviado, houve lentidão do
km 24 ao km 13, das 6h às 9h.
Na Anhangüera, até a liberação
da pista no sentido interior,
houve lentidão do km 15 ao 12.
Causas do acidente
A Polícia Rodoviária investiga as causas do acidente. Segundo o tenente Maurício
Guerra, o motorista pode ter
dormido ou sofrido um mal súbito. Também pode ter havido
problemas no veículo. "Sem
conversar com o motorista, é
difícil entender o que ocorreu.
Não há marcas de frenagem do
caminhão." Engenheiros da
AutoBan -concessionária que
administra a Anhangüera- dizem que o mais provável é que o
motorista tenha dormido.
Passam cerca de 62 mil veículos por dia naquele trecho da
Anhangüera, nos dois sentidos.
A AutoBan não informou quantos pedestres utilizam a passarela do km 17, mas disse que a
construção da passagem é necessária quando o fluxo de pessoas é, em média, maior que 80
pessoas por hora.
Remoção da passarela
Foram necessários dois guindastes para içar a passarela e
retirá-la da pista. Enquanto isso, uma escavadeira escorou o
pilar de sustentação. O sentido
interior da Anhangüera foi liberado às 12h. Por volta das
13h, uma faixa do sentido capital foi desinterditada. A última
faixa só foi liberada às 17h.
O gerente de obras da AutoBan, José Alberto Moita, 47, diz
que a concessionária ainda estuda a melhor solução, mas que
é provável a colocação de uma
passarela metálica na área provisoriamente. Isso deve ocorrer
em 15 dias. Também há a possibilidade de reaproveitar a viga
de concreto e colocar outro pilar. Essa solução, porém, levaria mais tempo.
É a quarta vez neste ano que
um caminhão bate numa passarela na Grande São Paulo. Há
16 dias, um caminhão se chocou contra uma na rodovia Presidente Dutra. Em setembro, a
caçamba de um caminhão entalou na passarela de uma estação do metrô paulistano. Em
julho, um caminhão derrubou a
passarela em frente ao aeroporto de Congonhas.
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