São Paulo, domingo, 24 de outubro de 2010

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Agora, pole dance é menos "sexo" e mais "prática esportiva"

Fazer acrobacias e movimentos de dança na barra vertical é mania entre mulheres atrás de abdome e braços sarados

Brasileiras já disputam campeonato mundial; no ano que vem, Rio receberá a principal disputa internacional

CIRILO JUNIOR
DO RIO

Fazer acrobacias e movimentos de dança na barra vertical se transformou em prática esportiva no Brasil.
A "dança do poste", que começou a sair das boates em 2008 com a personagem interpretada pela atriz Flávia Alessandra na novela "Duas Caras", de Aguinaldo Silva, deixou de ser apenas uma arma de sedução e ganhou espaço como opção para manter o corpo em forma.
Em setembro, São Paulo sediou o primeiro campeonato brasileiro oficial da modalidade. Este mês, três brasileiras participaram, pela primeira vez, de um mundial.
No ano que vem, o Rio receberá a principal disputa internacional de pole dance.
"Antes, quase todas as meninas procuravam o pole dance para fazer uma performance para o namorado. Hoje, 90% vêm em busca de uma atividade física. E muitas delas acabam competindo", diz Vanessa Costa, presidente da federação brasileira, que foi uma das julgadoras do campeonato mundial, no início do mês, na Suíça.
Adepta do pole dance há um ano e meio, Rafaela Montanaro, 25, começou a prática por esporte mesmo. Sobrinha do ex-jogador de vôlei Montanaro, foi ginasta dos 3 aos 12 anos, e sentiu-se atraída pela atividade ao ver uma apresentação da australiana Felix Cane, campeã mundial.
Ela foi a grande surpresa do campeonato mundial deste ano ao conquistar, na estreia, o 3º lugar. A atleta orgulha-se ainda de ter ganho um prêmio especial por apresentar o movimento mais inovador da competição.
"As pessoas me veem como uma campeã, e não como uma espécie de stripper."
A perspectiva de um corpo mais definido, com forte trabalho do abdome e dos braços, atrai boa parte das iniciantes no pole dance, diz a professora Cristina Longhi, que preside a federação paulista. Em cada aula são queimadas, em média, 1.000 calorias. O treino é desgastante. Na época em que começou, Longhi não encontrou professoras especializadas.
"Tinha aula de dia, numa boate, com uma garota de programa. Era aquela coisa voltada para o sensual."
O número de academias especializadas cresce. Há três anos, São Paulo tinha duas. Hoje, são 15. As praticantes têm um sonho: incluir o esporte nas Olimpíadas.

FOLHA.com
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