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Agora, pole dance é menos "sexo" e mais "prática esportiva"
Fazer acrobacias e movimentos de dança na barra vertical é mania entre mulheres atrás de abdome e braços sarados
Brasileiras já disputam campeonato mundial; no ano que vem, Rio receberá a principal disputa internacional
CIRILO JUNIOR
DO RIO
Fazer acrobacias e movimentos de dança na barra
vertical se transformou em
prática esportiva no Brasil.
A "dança do poste", que
começou a sair das boates em
2008 com a personagem interpretada pela atriz Flávia
Alessandra na novela "Duas
Caras", de Aguinaldo Silva,
deixou de ser apenas uma arma de sedução e ganhou espaço como opção para manter o corpo em forma.
Em setembro, São Paulo
sediou o primeiro campeonato brasileiro oficial da modalidade. Este mês, três brasileiras participaram, pela primeira vez, de um mundial.
No ano que vem, o Rio receberá a principal disputa internacional de pole dance.
"Antes, quase todas as meninas procuravam o pole
dance para fazer uma performance para o namorado. Hoje, 90% vêm em busca de
uma atividade física. E muitas delas acabam competindo", diz Vanessa Costa, presidente da federação brasileira, que foi uma das julgadoras do campeonato mundial,
no início do mês, na Suíça.
Adepta do pole dance há
um ano e meio, Rafaela Montanaro, 25, começou a prática
por esporte mesmo. Sobrinha do ex-jogador de vôlei
Montanaro, foi ginasta dos 3
aos 12 anos, e sentiu-se atraída pela atividade ao ver uma
apresentação da australiana
Felix Cane, campeã mundial.
Ela foi a grande surpresa
do campeonato mundial deste ano ao conquistar, na estreia, o 3º lugar. A atleta orgulha-se ainda de ter ganho
um prêmio especial por apresentar o movimento mais
inovador da competição.
"As pessoas me veem como uma campeã, e não como
uma espécie de stripper."
A perspectiva de um corpo
mais definido, com forte trabalho do abdome e dos braços, atrai boa parte das iniciantes no pole dance, diz a
professora Cristina Longhi,
que preside a federação paulista. Em cada aula são queimadas, em média, 1.000 calorias. O treino é desgastante.
Na época em que começou, Longhi não encontrou
professoras especializadas.
"Tinha aula de dia, numa
boate, com uma garota de
programa. Era aquela coisa
voltada para o sensual."
O número de academias
especializadas cresce. Há
três anos, São Paulo tinha
duas. Hoje, são 15. As praticantes têm um sonho: incluir
o esporte nas Olimpíadas.
FOLHA.com
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