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ALOÍSIO FERREIRA CINTRA DO PRADO (1940 - 2010)
Colecionador de música erudita
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
O paulistano Aloísio Ferreira Cintra do Prado poderia
ser facilmente diagnosticado
como melômano. A melomania nada mais é do que a atração desenfreada por música.
Desde jovem foi assim.
Em casa, seu pai, Luiz Cintra do Prado, tocava piano. E
Aloísio ainda se aproveitava
do fato de ser filho de um engenheiro, professor emérito
da USP e diretor da Poli que
sempre participava de encontros internacionais.
Quando voltava do exterior, o pai sempre lhe trazia
um disco de presente.
Sendo assim, Aloísio
-que se mudou para Ribeirão Preto na casa dos 30
anos, já casado e com filhos- acabou por ter uma
das maiores discotecas de
música erudita da cidade.
Chamado de Alói pelos
amigos, ele costumava organizar encontros em casa, cada dia sobre um compositor,
e falava da vida e da obra dos
autores. Não bastasse gostar,
também estudava música.
Como muitos convidados
queriam se aprofundar, ele
decidiu escrever o livro "A
Música dos Mestres".
Não foi publicado comercialmente devido ao alto custo com direitos autorais -o
livro era acompanhado por
CDs. Fez mais de 50 cópias e
deu para os mais próximos.
Formado em direito pela
PUC-SP, ele teve em Ribeirão
Preto uma distribuidora de
equipamentos para o mercado do agronegócio. Ultimamente, estava aposentado.
Além da música, tinha como hobby jogar golf e gamão.
Nos anos 90, havia tido
um infarto e sofria de complicações cardíacas. Morreu no
primeiro dia do mês, em Ribeirão, aos 70. Deixa mulher,
quatro filhos e sete netos.
coluna.obituario@uol.com.br
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