DA REPORTAGEM LOCAL

A taxa de remanejamento do Orçamento de São Paulo em 2001 pode ser definida mais cedo. O PSDB encaminhou ontem uma emenda à LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) -que dita as regras para o Orçamento- propondo índice de 1%. O PT alega que essa taxa vai engessar as contas da prefeitura.
O índice de remanejamento (possibilidade de redistribuir verbas rapidamente sem consultar a Câmara) sempre é definido na votação do Orçamento, no final do ano. O PSDB, no entanto, quer antecipar a discussão e garantir a taxa de 1% já na LDO.
O líder da bancada tucana, Aurélio Nomura, disse que, com isso, esse índice pode ser assegurado no Orçamento. A LDO pode ser votada na semana que vem. "Se estiver na LDO ganha mais força", afirmou Nomura. O PSDB também propôs emenda para permitir a Marta Suplicy (PT) encaminhar à Câmara um projeto com readequações ao Orçamento.
O PT também quer a readequação, mas com remanejamento de, no mínimo, 10%. O relator do Orçamento, Miguel Colasuonno (PMDB), disse que inclusão do índice na LDO é equivocada. "Isso é assunto para o Orçamento. Se depender de mim, não vai passar."
O presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, Paulo Roberto Faria Lima, disse que, apesar de não ser comum, a taxa na LDO pode assegurar o 1% no Orçamento. "Isso mostra que o PSDB está pegando pesado."
O PSDB oficializou ontem o vereador Roberto Tripoli como candidato a presidente da Câmara. O PT deve confirmar o nome do líder da bancada José Eduardo Cardozo para concorrer ao cargo.
Apesar de confirmar que não vai votar pelo 1% de remanejamento, conforme definiu o PSDB, o vereador Dalton Silvano não foi afastado ontem da Comissão de Finanças e Orçamento. "Não deu tempo de definirmos isso", afirmou Nomura. (Gilmar Penteado)



Texto Anterior: Estado só apóia bilhete único se PT pagar o prejuízo do sistema
Próximo Texto: Trânsito: Micareta na zona norte de SP deverá alterar tráfego na região
Índice