São Paulo, domingo, 24 de novembro de 2002

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VESTIBULAR

Prova é composta por 12 questões dissertativas; lista de convocados para a segunda fase sai no dia 19 de dezembro

Unicamp faz primeira fase em 17 cidades

DA REPORTAGEM LOCAL

Questões dissertativas que seguem um tema comum a todas as disciplinas. Essa é uma das principais diferenças da primeira fase da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), que acontece hoje em 17 cidades do país -12 no Estado de SP.
Desde que se separou da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular), há 17 anos, a prova da Unicamp não tem questões de múltipla escolha. Outra característica é a realização da redação já na primeira fase.
No último vestibular da Unicamp, por exemplo, as duas primeiras perguntas da prova foram de história. A primeira delas foi baseada em trechos de uma das propostas de redação. Na narração, o candidato deveria fazer um texto com base em um depoimento de 1910 sobre uma briga entre dois homens que trabalhavam juntos. Na opção de carta, o aluno deveria escrever a um sindicalista ou político, por exemplo, sugerindo que ele se empenhasse pelo fim das horas extras. As questões de geografia pediram informações sobre as relações de trabalho na atualidade, obedecendo ao tema central da primeira fase, que foi "trabalho: fator de promoção ou de degradação".
A primeira fase é composta por 12 questões dissertativas, sendo duas de cada uma das disciplinas básicas do ensino médio (matemática, química, física, biologia, história e geografia). Cada uma das questões vale 2,5 pontos, totalizando 30. Como a prova soma 60 pontos, os outros 30 correspondem à nota da redação.
Os candidatos que obtiverem 50% do valor total da prova serão automaticamente convocados para a segunda fase do vestibular. A exceção fica por conta dos casos em que a relação candidato/vaga na segunda fase é superior a 8.
A lista de aprovados para a segunda fase, que acontecerá de 12 a 15 de janeiro, será divulgada no próximo dia 19 de dezembro.

Menos inscritos
O vestibular da Unicamp teve menos inscrições do que o processo seletivo anterior. Neste ano, 46.492 candidatos (800 a menos) concorrem a 2.574 vagas.
A disputa também caiu em 24 dos 54 dos cursos oferecidos. O de química teve a maior redução da relação candidato/vaga, que caiu 70% -de 12,2, para 3,7. Já a concorrência para o curso de tecnologia em informática aumentou de 2,7 para 14,2. Medicina é o curso mais concorrido, com 74,5 candidatos por vaga.
Segundo dados obtidos no último vestibular, os candidatos a uma vaga na Unicamp são predominantemente jovens de 17 a 19 anos (72%), igualmente distribuídos entre homens e mulheres.
Proporcionalmente à quantidade de inscritos, o número de aprovados provenientes de escolas públicas e privadas é igual. No último vestibular, 33,8% dos inscritos vinham de escola pública. Dos ingressantes, 33,4% eram oriundos do ensino público.

Ensino técnico
O Centro Paula Souza faz hoje o processo seletivo para o ensino médio e para as ETEs (escolas técnicas estaduais). O chamado vestibulinho será das 9h às 12h30, mas o aluno deve chegar ao local de prova com uma hora de antecedência.
Com 169.412 inscritos -mais do que a Fuvest, maior vestibular do país e que teve cerca de 161 mil candidatos-, o processo vai selecionar alunos para 30.805 vagas.
São oferecidas 7.853 vagas para o ensino médio e 22.952 para o técnico, distribuídas em 99 escolas de 82 cidades do Estado de São Paulo.
O vestibulinho contém 50 questões de múltipla escolha de português, matemática, história, geografia, física, química e biologia.
Para fazer a prova, o estudante não pode deixar de levar a cédula de identidade, o comprovante de inscrição, caneta esferográfica preta, lápis preto e borracha.
A lista de aprovados será afixada nas sedes das escolas técnicas no dia 16 de janeiro, às 14h.
Confira a correção da prova da Unicamp na www.folha.com.br/fovest


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