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São Paulo, segunda-feira, 24 de novembro de 2003

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Denúncia trouxe discriminação, afirma vítima

FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO

"Se eu não tivesse denunciado, seria como se eu tivesse sido condenada."
Para Fátima (nome fictício), denunciar o ex-namorado, um policial, por estupro significou agressão, mudanças de endereço e discriminação na cidade de Ribeirão Preto. Mas ela não está arrependida.
O relacionamento de pouco mais de um mês parecia perfeito. Segundo ela, o namorado era carinhoso e por isso ela acreditava que seria um bom casamento.
Quando faltavam poucos dias para a cerimônia, Fátima foi trancada em uma casa num local distante, que seria seu cativeiro durante quase um ano.
Ela disse que foi acorrentada e estuprada diariamente pelo ex-namorado. Passou fome e sede durante o cárcere privado e era agredida.
"A única coisa que pensava é que iria morrer", disse ela, que perdeu vários dentes por conta de chutes.
Quando conseguiu fugir, denunciou a violência. O agressor irá a julgamento em breve.



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