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Denúncia trouxe discriminação, afirma vítima
FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO
"Se eu não tivesse denunciado, seria como se eu tivesse sido condenada."
Para Fátima (nome fictício), denunciar o ex-namorado, um policial, por estupro significou agressão, mudanças de endereço e discriminação na cidade de Ribeirão Preto. Mas ela não está
arrependida.
O relacionamento de pouco mais de um mês parecia
perfeito. Segundo ela, o namorado era carinhoso e por
isso ela acreditava que seria
um bom casamento.
Quando faltavam poucos
dias para a cerimônia, Fátima foi trancada em uma casa num local distante, que
seria seu cativeiro durante
quase um ano.
Ela disse que foi acorrentada e estuprada diariamente
pelo ex-namorado. Passou
fome e sede durante o cárcere privado e era agredida.
"A única coisa que pensava é que iria morrer", disse
ela, que perdeu vários dentes
por conta de chutes.
Quando conseguiu fugir,
denunciou a violência. O
agressor irá a julgamento em
breve.
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