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Até a Anistia
Internacional
reage às críticas
DA REPORTAGEM LOCAL
Os ataques do governador
Geraldo Alckmin (PSDB) ao
Judiciário e às entidades civis geraram protestos não
apenas dos acusados mas
também de organizações como a Anistia Internacional.
Para a presidente da Amar
(associação de mães de internos), Conceição Paganele, as acusações do governador são uma tentativa de
desmoralizar a entidade.
"Em vez de cumprir a lei,
[Alckmin] acusa pessoas
que fazem um trabalho digno", afirmou. Segundo ela,
"o governo está no caminho
errado". ""Em vez de estar ao
nosso lado, nos critica."
Ariel de Castro Alves, do
Movimento Nacional dos
Direitos Humanos, classificou como "uma tentativa
absurda de intimidação" as
críticas de Alckmin. "É uma
tentativa de transferir a culpa, em vez de assumir sua
responsabilidade", disse.
Tim Cahill, pesquisador da
Anistia Internacional para o
Brasil, afirmou que as declarações do governador são
"das piores coisas que a gente tem visto em questões de
direitos humanos". "É um
ataque emblemático. Fico
chocado que o governo continue buscando desculpas
para os problemas da Febem. É uma preocupação
para a Anistia quando os governos passam a fazer esses
ataques às organizações."
A Comissão de Criança e
Adolescente do Conselho
Regional de Psicologia de
São Paulo emitiu nota dizendo que a fala de Alckmin foi
uma tentativa de fugir das
responsabilidades "pelas
condições de saúde física e
psíquica dos adolescentes".
O Tribunal de Justiça e o
Ministério Público foram
procurados, mas não haviam respondido até a conclusão desta edição.
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