São Paulo, sexta-feira, 24 de novembro de 2006

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Protesto contra reajuste de tarifas acaba em confronto

Manifestantes tentaram romper cordão de isolamento na sede da prefeitura e foram repelidos com gás de pimenta e cassetetes

Valor das passagens de ônibus e de metrô passa a ser R$ 2,30 na capital paulista; nova manifestação está marcada para hoje

Caio Guatelli/Folha Imagem
Manifestantes protestam contra o reajuste de ônibus


DA REPORTAGEM LOCAL

Um protesto contra o aumento das tarifas de ônibus e de metrô para R$ 2,30 terminou, ontem de manhã, em confronto entre estudantes e a Guarda Civil Metropolitana, no centro de São Paulo. Cerca de 300 pessoas, de acordo com a GCM, participaram da manifestação, na maioria jovens estudantes secundaristas.
Os manifestantes chegaram a queimar uma catraca de ônibus e até um ônibus de brinquedo. Também jogaram ovos em direção à sede da prefeitura e tentaram romper o cordão de isolamento feito pelos guardas-civis. Foram repelidos com gás de pimenta e empurrões com cassetetes.
O ato reuniu movimentos sociais e entidades como a UNE (União Nacional dos Estudantes), a Ubes (União Brasileira de Estudantes Secundaristas) e a CUT (Central Única dos Trabalhadores). Para hoje, está previsto um novo protesto -também organizado pelo PSTU e pelo PSOL.
Os manifestantes foram à sede da prefeitura, no viaduto do Chá, e exigiram falar com o prefeito Gilberto Kassab (PFL) sobre o que consideram um aumento abusivo de tarifa, que passará, a partir do próximo dia 30, de R$ 2 para R$ 2,30 -reajuste de 15%.
Ao serem informados de que seria possível falar apenas com assessores, os estudantes tentaram avançar contra o cordão de isolamento da GCM, que reagiu. Ninguém ficou ferido. "Esse aumento vai tirar mais gente das escolas, vai restringir ainda mais o acesso à cultura, ao lazer", disse Thiago Franco, presidente da Ubes.
A idéia inicial era fazer uma manifestação contra o reajuste da tarifa de ônibus, mas a informação de que o bilhete do metrô também aumentará para o mesmo valor ajudou a acirrar os ânimos.
O protesto de hoje está previsto para as 17h, em frente ao Teatro Municipal, na praça Ramos de Azevedo, na região central. (MARIANA TAMARI)


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