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Protesto contra reajuste de tarifas acaba em confronto
Manifestantes tentaram romper cordão de isolamento na sede da prefeitura e foram repelidos com gás de pimenta e cassetetes
Valor das passagens de ônibus e de metrô passa a ser R$ 2,30 na capital paulista; nova manifestação está marcada para hoje
Caio Guatelli/Folha Imagem
![](../images/c2411200601.jpg) |
Manifestantes protestam contra o reajuste de ônibus |
DA REPORTAGEM LOCAL
Um protesto contra o aumento das tarifas de ônibus e
de metrô para R$ 2,30 terminou, ontem de manhã, em confronto entre estudantes e a
Guarda Civil Metropolitana, no
centro de São Paulo. Cerca de
300 pessoas, de acordo com a
GCM, participaram da manifestação, na maioria jovens estudantes secundaristas.
Os manifestantes chegaram
a queimar uma catraca de ônibus e até um ônibus de brinquedo. Também jogaram ovos
em direção à sede da prefeitura
e tentaram romper o cordão de
isolamento feito pelos guardas-civis. Foram repelidos com gás
de pimenta e empurrões com
cassetetes.
O ato reuniu movimentos sociais e entidades como a UNE
(União Nacional dos Estudantes), a Ubes (União Brasileira
de Estudantes Secundaristas)
e a CUT (Central Única dos
Trabalhadores). Para hoje, está
previsto um novo protesto
-também organizado pelo
PSTU e pelo PSOL.
Os manifestantes foram à sede da prefeitura, no viaduto do
Chá, e exigiram falar com o prefeito Gilberto Kassab (PFL) sobre o que consideram um aumento abusivo de tarifa, que
passará, a partir do próximo dia
30, de R$ 2 para R$ 2,30 -reajuste de 15%.
Ao serem informados de que
seria possível falar apenas com
assessores, os estudantes tentaram avançar contra o cordão
de isolamento da GCM, que
reagiu. Ninguém ficou ferido.
"Esse aumento vai tirar mais
gente das escolas, vai restringir
ainda mais o acesso à cultura,
ao lazer", disse Thiago Franco,
presidente da Ubes.
A idéia inicial era fazer uma
manifestação contra o reajuste
da tarifa de ônibus, mas a informação de que o bilhete do metrô também aumentará para o
mesmo valor ajudou a acirrar
os ânimos.
O protesto de hoje está previsto para as 17h, em frente ao
Teatro Municipal, na praça Ramos de Azevedo, na região central.
(MARIANA TAMARI)
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