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ESPÍRITO SANTO
Governo não pagou o salário de novembro
Policiais civis e militares param as atividades por salários atrasados
FERNANDA KRAKOVICS
DA AGÊNCIA FOLHA
Policiais militares e civis paralisaram suas atividades ontem no
Espírito Santo. Os policiais militares ficariam aquartelados até hoje
de manhã, quando o movimento
completa 24 horas. Já os policiais
civis, que entraram em greve no
início da tarde, não tinham previsão de volta ao trabalho.
As duas categorias reivindicam
o pagamento do salário de novembro e de quatro parcelas da
dívida referente à retenção de
20% dos vencimentos (o chamado contingenciamento). O governador do Estado, José Ignácio
Ferreira (sem partido), tomou essa medida no primeiro ano de seu
mandato e dividiu o pagamento
em 36 vezes.
No final da tarde, o governador
propôs o depósito de duas parcelas do contingenciamento ontem
à noite e o pagamento do salário
de novembro no dia 30 deste mês.
Os policiais queriam que o dinheiro fosse depositado no dia 27.
Até a conclusão desta edição, as
negociações não tinham acabado.
Na PM, paralisaram as atividades sargentos, oficiais, cabos e soldados. Segundo o vice-presidente
da Associação de Cabos e Soldados, cabo Weverton Zimmerman, dos dez batalhões capixabas, sete haviam aderido ao movimento até o início da tarde de ontem, além das companhias de polícia de guarda e ambiental.
O presidente do Sindipol (Sindicato dos Policiais Civis), José
Camargo, afirmou que as negociações se restringiram à PM, portanto a greve continuaria.
Os policiais militares marcaram
nova assembléia para o próximo
dia 27 para decidir se vão paralisar as atividades novamente.
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