São Paulo, domingo, 25 de janeiro de 2004

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SP 450

Procissão de Anchieta percorre o litoral

FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA

Um grupo de religiosos chega hoje a São Paulo para trazer de volta à cidade uma relíquia no seu aniversário de 450 anos: um fragmento do fêmur esquerdo do padre José de Anchieta (1534-1597).
A relíquia saiu da catedral da Sé, em São Paulo, em julho de 2003. Ontem, após ser entregue aos religiosos, em Cubatão, no litoral sul de São Paulo, ela começou a percorrer o caminho de volta.
De Cubatão, um grupo subiu a serra em carreata, levando imagens do padre, e outro a pé, com a relíquia, por uma trilha conhecida como "Caminho do Padre José" -que se estende até as proximidades de São Bernardo do Campo (ABC).
Na manhã deste domingo, os grupos se encontram, seguem para o Pátio do Colégio e posteriormente até a catedral da Sé.
Durante o dia de ontem, uma procissão com imagens do padre Anchieta percorreu 13 cidades do litoral de São Paulo, como parte das comemorações pelos 450 anos da chegada do padre ao Brasil, em 1553, e do aniversário de São Paulo.
A procissão começou às 9h, na Ermida do Guaibê, no Guarujá, local onde o padre costumava rezar. De lá, um grupo com as imagens do padre seguiu a pé e de barco para Bertioga. Ao mesmo tempo, um outro grupo iniciou uma peregrinação saindo de Peruíbe, no litoral sul.
Em cada uma das cidades, a procissão deixou uma imagem para ser colocada nas igrejas. Em Santos, a imagem percorreu as ruas do centro.
Durante a tarde, no porto de Santos, duas imagens, que haviam saído de Bertioga, foram recebidas por um grupo de índios da tribo tupi-guarani aldeia Piaçaguera, de Peruíbe (litoral sul de São Paulo). "Eu li muito sobre a vida de José de Anchieta", disse o pajé Auadju Elias Samuel.
Ele manifestou alegria por estar participando da homenagem
a José de Anchieta. "O padre trabalhou com os índios, lutou
contra a escravidão indígena", informou. "Para mim, é uma
honra".
Na seqüência, uma das imagens seguiu para a cidade de São Vicente, enquanto a outra, em procissão pelas ruas do
bairro, até o Outeiro de Santa Catarina (construção do início
do século XVI restaurada há quatro anos). A imagem seguiu até a catedral de Santos onde aconteceu uma missa.
No final da tarde, as imagens seguiram para Cubatão.


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