São Paulo, domingo, 25 de janeiro de 2004

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SP 450

Restauro faz parte do projeto da Caixa Econômica Federal de criar um complexo na área central, que incluirá equipamentos culturais

Região da Sé ganha fachadas reformadas

Moacyr Lopes Junior/Folha Imagem
Marta Suplicy, entre Jorge Mattoso e o vice-prefeito Hélio Bicudo (dir.), em frente ao prédio que foi projetado por Ramos de Azevedo


DA REPORTAGEM LOCAL

A Caixa Econômica Federal entregou ontem, como parte das comemorações dos 450 anos da cidade de São Paulo, uma parte das fachadas restauradas do quadrilátero que deverá, em três anos, abrigar um complexo, com equipamentos culturais, agências do banco e até moradias, em frente à praça da Sé, no centro da capital.
Foi inaugurada também a reforma interna do Conjunto Cultural da Caixa, onde, em duas galerias, a partir de terça, serão abertas exposições de Anita Malfati e de fotografias de internos da Febem.
As obras completas do quadrilátero -onde estão atualmente nove prédios e um estacionamento- deverão custar por volta de R$ 20 milhões, segundo o presidente do banco, Jorge Mattoso.
O retorno do investimento virá na economia com o não-pagamento de cerca de R$ 800 mil mensais em aluguéis de escritórios na cidade, onde a Caixa distribui suas diversas vice-presidências administrativas. Quando as obras no quadrilátero estiverem concluídas, todas elas se concentrarão no complexo no centro.
O trabalho de restauro das fachadas tem seu ponto alto num edifício projetado por Ramos de Azevedo (1851-1928, que projetou também o Teatro Municipal, entre outros prédios importantes do centro), que ainda está parcialmente recuperado. Um outro prédio, onde funcionou por muito tempo uma agência dos Correios, já está 100% restaurado.
"Parece cenário da Rede Globo", afirmou a prefeita Marta Suplicy (PT) ao visitar as fachadas. "O complexo da Caixa será um exemplo da cidade que sonhamos, com espaço de convivência, atividades culturais e moradia na região central", disse Marta. "O centro de São Paulo está ficando mais bonito e será um novo mundo daqui a dez anos, quando as intervenções começarão a maturar e dar resultados", completou.
E, apesar de a praça da Sé ainda ter pessoas dormindo nos canteiros, catadores de lixo e crianças de rua, Marta disse não ver degradação na região, que segundo ela está bem iluminada e limpa.



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