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SP 450
Ex-parceiro cita barreira política
DA REPORTAGEM LOCAL
DA REDAÇÃO
Para justificar a dificuldade em
conseguir "padrinhos" para novos parques na cidade, o secretário do Verde e do Meio Ambiente,
Adriano Diogo, afirma que "ninguém joga dinheiro pela janela" e
que as parcerias "não funcionam
a não ser nas grandes vitrines".
Não é o que diz, porém, o dono
da Todaba Participações, Samy
Menasce. Segundo ele, há interesse comercial e institucional nos
investimentos privados "porque
nenhum parque recebe menos do
que 500 mil pessoas num mês e
essa é uma oportunidade única de
divulgar a marca e os produtos da
empresa. Tudo, claro, dentro das
normas do poder público".
Segundo ele, os únicos empecilhos para um bom negócio em
torno de novas áreas verdes são
problemas políticos como o que
diz ter enfrentado quando Diogo
assumiu a secretaria, em 2003, no
lugar de Stela Goldenstein.
Em 2001, a Todaba havia fechado contrato com a prefeitura para
fazer o parque Vila do Rodeio, em
Cidade Tiradentes (extremo leste). Seriam R$ 3,5 milhões em três
anos por uma área de 600 mil m2.
Quando finalmente o parque começaria a sair do papel, a chefia
da SVMA foi trocada, e o acordo
desandou. As versões divergem.
Segundo Menasce, ele desistiu
do Vila do Rodeio quando foi fazer um plantio simbólico de mudas de árvores e Diogo proibiu
um funcionário da Todaba de colocar as plantas porque elas não
eram adultas. "Plantas adultas
não sobrevivem; é querer enganar. Senti que tinha um adversário na prefeitura e saí do projeto."
A diretora do Depave, Simone
Malandrino, apesar de confirmar
a confusão, diz que havia solicitado plantas com 1,8 m na primeira
bifurcação, mas recebeu mudas
de reflorestamento que não chegavam ao joelho. "Percebemos
que a empresa não ia dar conta do
recado e encerramos o contrato."
O principal, porém, diz ela, foi a
falta de sintonia entre o projeto de
parque da Todaba e o que a comunidade da área queria. "Nunca
soube de problemas com o projeto", rebate Menasce.
(MV E RP)
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