São Paulo, sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

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8 dos indicados são ligados ao PSDB ou à CET

DA REPORTAGEM LOCAL

A legislação prevê que os Cetrans tenham uma composição equilibrada entre representantes do poder Executivo, de órgãos de trânsito e da sociedade.
Mas a nomeação dos novos integrantes do órgão em São Paulo utilizou artifícios que garantiram a participação majoritária -ao menos 8 dos 12 já indicados- de pessoas ligadas ao PSDB ou à CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), evitando resistências quanto à legalidade do rodízio.
Eles ocuparam postos do Cetran destinados não só a órgãos governamentais como também aqueles teoricamente neutros.
O diretor de operações da CET, Adauto Martinez, por exemplo, foi nomeado não como representante da prefeitura, mas na vaga de especialista com notório saber em trânsito.
Martinez é um dos membros da gestão Kassab e se reuniu pessoalmente, em 2006, com os então integrantes do Cetran para tentar convencê-los a não anular as multas de rodízio.
A indicação de Antonio Carlos Turiani Martini na vaga de especialista em medicina foi articulada pelo presidente da CET, Roberto Scaringella.
O posto de representante de entidade não-governamental de trânsito será ocupado por Maria da Penha Pereira Nobre, ligada ao Instituto de Engenharia, mas que, além de ter trabalhado na CET, é diretora de uma empresa que tem a CET em seu rol de clientes.
O nome apresentado como especialista da área de ambiente, Oswaldo dos Santos Lucon, também é assessor do secretário do Meio Ambiente de Serra.
Pela nova representação do conselho, os dois indicados por prefeituras do interior têm ligação com o PSDB. Além do secretário de São José do Rio Preto, foi nomeado Ademir Ferreira de Lima, da Prefeitura de Itanhaém, governada pelo PSDB.
Silvio Aleixo, indicado para ocupar a vaga destinada ao representante da Secretaria dos Transportes, era da Executiva Estadual do PSDB.
A formação anterior do Cetran tinha pessoas ligadas ao PT (Olga Lopes Salomão) e ao DEM (Levi Teófilo de Almeida, de Santana de Parnaíba).
Outro destituído, Luiz Felipe de Castro, era de Bauru, governada por Tuga Angerami, eleito pelo PDT e hoje sem partido, além de Márcia Monteira, que atuou com Willian Dib (PSB), prefeito de São Bernardo do Campo.


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