|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
8 dos indicados são ligados ao PSDB ou à CET
DA REPORTAGEM LOCAL
A legislação prevê que os
Cetrans tenham uma composição equilibrada entre representantes do poder Executivo, de órgãos de trânsito
e da sociedade.
Mas a nomeação dos novos
integrantes do órgão em São
Paulo utilizou artifícios que
garantiram a participação
majoritária -ao menos 8 dos
12 já indicados- de pessoas
ligadas ao PSDB ou à CET
(Companhia de Engenharia
de Tráfego), evitando resistências quanto à legalidade
do rodízio.
Eles ocuparam postos do
Cetran destinados não só a
órgãos governamentais como também aqueles teoricamente neutros.
O diretor de operações da
CET, Adauto Martinez, por
exemplo, foi nomeado não
como representante da prefeitura, mas na vaga de especialista com notório saber
em trânsito.
Martinez é um dos membros da gestão Kassab e se
reuniu pessoalmente, em
2006, com os então integrantes do Cetran para tentar convencê-los a não anular as multas de rodízio.
A indicação de Antonio
Carlos Turiani Martini na
vaga de especialista em medicina foi articulada pelo
presidente da CET, Roberto
Scaringella.
O posto de representante
de entidade não-governamental de trânsito será ocupado por Maria da Penha Pereira Nobre, ligada ao Instituto de Engenharia, mas que,
além de ter trabalhado na
CET, é diretora de uma empresa que tem a CET em seu
rol de clientes.
O nome apresentado como
especialista da área de ambiente, Oswaldo dos Santos
Lucon, também é assessor do
secretário do Meio Ambiente de Serra.
Pela nova representação
do conselho, os dois indicados por prefeituras do interior têm ligação com o PSDB.
Além do secretário de São
José do Rio Preto, foi nomeado Ademir Ferreira de Lima,
da Prefeitura de Itanhaém,
governada pelo PSDB.
Silvio Aleixo, indicado para ocupar a vaga destinada ao
representante da Secretaria
dos Transportes, era da Executiva Estadual do PSDB.
A formação anterior do
Cetran tinha pessoas ligadas
ao PT (Olga Lopes Salomão)
e ao DEM (Levi Teófilo de
Almeida, de Santana de Parnaíba).
Outro destituído, Luiz Felipe de Castro, era de Bauru,
governada por Tuga Angerami, eleito pelo PDT e hoje
sem partido, além de Márcia
Monteira, que atuou com
Willian Dib (PSB), prefeito
de São Bernardo do Campo.
Texto Anterior: Novo conselheiro diz que multas são de carro vendido Próximo Texto: 1,3 mi de carros devem deixar SP no feriado Índice
|