DA REPORTAGEM LOCAL

Alunos com maior participação no seu próprio aprendizado e mais pesquisas de impacto são algumas das metas da Universidade de São Paulo para seus próximos 25 anos.
As diretrizes foram definidas por uma comissão criada pela reitora Suely Vilela, em 2007, que desde então consultou todas as unidades e consolidou as sugestões em workshops, realizados no final do ano passado.
A previsão é que, ainda neste primeiro semestre, seja publicado o livro "Planejando o Futuro: USP 2034".
A intenção é que os textos sirvam como base para as unidades fazerem seus próprios planejamentos.
Uma das conclusões foi que a universidade deve alterar a forma de ensino de graduação.
"Hoje é centrado no professor falando, e o estudante, ouvindo. Precisamos romper isso, com os alunos participando mais do próprio ensino", disse o presidente da Comissão de Planejamento da universidade, Glaucius Oliva.

Melhora nos rankings
Outra conclusão é que a universidade deve aumentar a produção de pesquisa de ponta, publicada nos principais periódicos. Apesar de ser a melhor universidade do país em rankings internacionais, a USP fica apenas entre a posição 100 e 200 (como na lista da "Times").
Um dos objetivos da instituição é estar entre as 50 melhores nos próximos 25 anos.
Segundo Oliva, o planejamento é necessário porque a universidade "sofre pressão de diversos lados", como mais vagas na graduação, aumento na pesquisa e maior participação para resolver problemas do Estado. "Precisamos planejar para conseguir atender tudo isso", afirmou ele.
Reitor da universidade durante os anos de 1996 e 1999, Roberto Lobo afirma ser necessário o planejamento.
"Mas é difícil aplicar as mudanças. Cada unidade é um feudo. E dentro dos feudos os professores têm toda a autonomia. É difícil mudar algo nesse ambiente", disse.


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