DA REPORTAGEM LOCAL

Duas unidades de São Carlos -o Instituto de Física e o Instituto de Química- são as que possuem as maiores produções científicas por docente da USP.
A primeira registrou uma média de 17 trabalhos por professor em 2007; a segunda, de 13,5. A média na universidade foi de 4,8. Os dois institutos estiveram unidos até 1994.
"A tradição aqui sempre foi de preocupação com a produção", diz o diretor do Instituto de Física de São Carlos, Glaucius Oliva. "Há metas de publicação para cada docente. Mas ajuda também que o clima entre os professores é tranquilo."
No Instituto de Física da capital, a produção em 2007 foi de 4,3 trabalhos por docente -naquele ano, começaram denúncias de plágio entre professores da unidade.
"A vida no interior ajuda; não perdemos muito tempo no trânsito, por exemplo", afirma o diretor do Instituto de Química de São Carlos, Edson Ticianelli. "E como a unidade é pequena, e todos se conhecem, os professores ficam até sem graça se não produzirem [trabalhos acadêmicos]", reflete.

Menos de um trabalho
Na outra ponta, três unidades tiveram menos de um trabalho por docente: ECA (Escola de Comunicação e Artes), Faculdade de Odontologia e o IME (Instituto de Matemática e Estatística)- todas com 0,9.
A ECA afirma que, como boa parte de suas atividades está concentrada na área das artes, muito de sua produção não é registrada como pesquisa.
A Faculdade de Odontologia informa que os dados de 2007 estavam errados e que já encaminhou pedido de correção à reitoria. O número correto, diz a unidade, é de 5,7 trabalhos por docente. O IME não se manifestou sobre a questão.
Para a pró-reitora de pesquisa, Mayana Zatz, as áreas de cada unidade são muito distintas para se fazer uma comparação, embora haja "espaço para melhora". Para incentivar o aumento da produtividade, há uma bolsa de R$ 5.000 para os pesquisadores mais destacados (a verba deve ser usada em novas pesquisas). (FT)


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