São Paulo, sexta-feira, 25 de fevereiro de 2000


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OUTRO LADO

Objetivo é igualar tarifa, diz assessor

da Reportagem Local

A Secretaria Estadual dos Transportes informou ontem que não vai comentar as declarações do ex-secretário Plínio Assmann porque o assunto ainda está sendo analisado "na esfera do Poder Legislativo".
O assessor da Comissão de Concessões Luiz Carlos Bergamasco afirmou que o governo tomou uma "decisão política" ao adotar o padrão tarifário da rodovia Bandeirantes para as demais estradas incluídas no programa de concessões.
Segundo Bergamasco, o objetivo foi evitar distorções e desigualdades no preço e também na qualidade dos serviços oferecidos nas rodovias que passaram para a iniciativa privada.
Segundo o assessor, o único levantamento técnico realizado para determinar o valor real de um pedágio ocorreu no início da década de 70 para averiguar o custo do sistema Anchieta-Imigrantes.
O estudo levou em conta o volume de veículos, extensão das estradas e custos de manutenção e ampliação do sistema. Na hora de adotar a Bandeirantes como padrão, Bergamasco afirmou que o governo levou em conta outro dado: o custo atualizado do sistema Anchieta-Imigrantes seria, se mantido o valor, de R$ 0,08 por quilômetro. O da Bandeirantes, valia a metade do valor em 95.
O ex-secretário Plínio Assmann afirmou que o governo optou por não adotar o modelo da concessão baseado na tarifa mais baixa, como na rodovia Presidente Dutra (concessão federal), porque isso provocaria desigualdades.
A lógica é a seguinte: em uma estrada com tráfego elevado, a concessionária poderia cobrar um valor mais baixo. O mesmo não ocorreria em uma rodovia com movimento fraco. "Isso geraria uma desigualdade de desenvolvimento econômico em São Paulo."
Assmann afirmou que o governo estadual optou pelo modelo da concessão onerosa, na qual ganha o consórcio que oferece o maior valor pela exploração das estradas ao governo. Segundo ele, a medida é prevista em lei federal e dispensa o uso de planilha para determinar o valor do pedágio.



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