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Império tenta sua revanche após 40 anos
DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO
DA SUCURSAL DO RIO
Quarenta anos depois, a chance
de uma "revanche". Foi assim que
o presidente da Império Serrano
em 1964, Moacyr Rodrigues, encarou o desfile da escola na Sapucaí anteontem, que reeditou o
enredo "Aquarela Brasileira", de
Silas de Oliveira.
Rodrigues, presidente da escola
em várias oportunidades, não
gosta de falar abertamente, mas
considera que a Império Serrano
foi "roubada" há 40 anos, quando
a Portela foi campeã do Carnaval
carioca. Essa não é sua única certeza. Pouco antes de entrar na
avenida, ele disse: "Não acho. Eu
sei que vamos ser campeões".
No início, parecia que tinha razão. Na concentração, quando a
bateria entrou, o primeiro setor
do Sambódromo já gritava "é
campeã, é campeã", fato que nem
a consagrada Mangueira conseguiu. A verde-e-rosa só foi aclamada ao final.
Mas, ainda no começo do desfile, a porta-bandeira caiu, bem em
frente aos jurados. Neta de Neide
Dominicina Coimbra (presidente
da escola), a porta-bandeira Fabiana tombou depois de sua apresentação. O desespero de ser talvez a responsável por uma má colocação da escola fez com que ela
já se levantasse chorando. O público, no entanto, relevou e aplaudiu. E continuou gritando "é campeã" mesmo depois de a escola seguinte, a Beija-Flor, ser anunciada.
(PEDRO DIAS LEITE E TALITA FIGUEIREDO)
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