São Paulo, sábado, 25 de março de 2000


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Para pedagoga, falta diálogo

da Reportagem Local

O problema da violência nas escolas está relacionado com a falta de polícia e de diálogo com os jovens, segundo a pedagoga Irandi Pereira, 47, da Comissão de Direitos Humanos da USP (Universidade de São Paulo).
O primeiro item -polícia- poderia frear os crimes, mas sem se importar com a origem do problema. ""Os jovens estão carentes de diálogo e de modelos positivos para se inspirarem", disse a pedagoga.
Para a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), a extinção da função dos ASEs (Agentes de Segurança Escolar) em 95, pelo governo estadual, é considerada o principal agravante da violência escolar por professores e diretores da rede pública paulista.
"Agora a escola fica na mão do diretor, que está na diretoria, e do professor, que está na sala de aula", afirma a presidente da Apeoesp , Maria Izabel Azevedo Noronha.
Segundo ela, os "vigias" de escolas tinham uma atuação preventiva entre os estudantes. "A partir de 95, os problemas viraram casos de polícia e não se atua com prevenção", afirma.
Segundo o diretor do Udemo Volmer Aureo Bianca, a volta dos ASE é uma reivindicação da maioria dos dirigentes. "Prevenir é a melhor saída", disse.
A Polícia Militar nega a carência de policiamento e diz que os PMs estão presentes nos horários considerados críticos.


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