|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Traficante acusa mais 3 de extorsão
da Sucursal do Rio
O traficante Luiz Fernando da
Costa, o Fernandinho Beira-Mar,
acusou ontem os policiais civis
Alexandre Campos Faria e Carlos
Coelho Macedo de lhe terem extorquido R$ 40 mil e tentado obter mais R$ 110 mil, para que a sua
família não fosse processada.
Também acusou um agente federal de Minas Gerais, identificado como Figueiró, de tentar extorqui-lo em troca da não-abertura de processo contra suas irmãs.
A acusação foi feita em entrevista
ontem pela manhã à rádio CBN.
Beira-Mar também reafirmou a
denúncia contra o agente federal
Luiz Benício Ramos Brivati, que
já tinha sido citado em uma fita
gravada pela Polícia Federal, com
uma conversa entre o traficante e
um policial.
Os policiais civis, que são da
DRE (Delegacia de Repressão a
Entorpecentes) do Rio de Janeiro,
já estavam presos, mas a polícia
não informou o motivo.
Beira-Mar também acusou a
Corregedoria da Polícia Civil do
Rio e a promotora Márcia Velasco, da 3ª Central de Inquéritos, de
não terem dado atenção às denúncias sobre as extorsões.
"Se ela tem na mão uma fita em
que eu digo que o Alexandre, o
Macedo e o Luiz fizeram uma sacanagem comigo... Eles me "mineraram", tomaram R$ 40 mil, foram para a delegacia, tem registro
disso. Sabe o que ela respondeu?
A gente vai averiguar isso e se
realmente for provado... Tá provado, a fita taí."
O procurador-geral de Justiça,
José Muiños Piñeiro Filho, divulgou nota oficial inocentando a
promotora das acusações. "Todas
as denúncias feitas pelo traficante
e levadas ao conhecimento da
dra. Márcia foram por mim pessoalmente encaminhadas ao secretário da Segurança Pública."
Beira-Mar disse que estava procurando a imprensa por não ter
direito de defesa. "Se eu for pego,
vou ser morto."
O traficante inocentou os policiais cariocas Ricardo Wilke e José Luiz Magalhães, que em conversas gravadas pela Polícia Federal foram denunciados pelo próprio Beira-Mar. Segundo ele, os
dois estão sendo vítimas de briga
política dentro da Polícia Civil. Os
dois foram afastados do cargo
-Magalhães após denúncias do
ex-coordenador de Segurança
Luiz Eduardo Soares e Wilke após
a divulgação da fita gravada pela
Polícia Federal.
Texto Anterior: Traficante depõe por telefone Próximo Texto: Compositora americana morre aos 86 Índice
|