São Paulo, segunda-feira, 25 de março de 2002

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Alckmin faz mutirão na favela Pantanal

CHICO DE GOIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de a favela Pantanal, na zona sul, tornar-se conhecida em todo o país por causa da morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), o governo do Estado deu início ontem a um mutirão para levar mais segurança e benefícios para os moradores.
A iniciativa reuniu cinco secretários, mais o comandante-geral da PM, coronel Rui César Melo, a primeira-dama Maria Lúcia Alckmin, além do próprio governador Geraldo Alckmin.
A concretização das propostas, porém, deve começar a partir do próximo mês. Algumas não têm data prevista para ter início, como a construção de uma escola, prometida pelo governador. Essa obra necessita de concorrência. No dia 8, a polícia havia realizado no local a maior operação de sua história, quando foram mobilizados 1.200 homens para uma blitz.
Ontem, lideranças comunitárias fizeram cinco pedidos à primeira-dama, depois reproduzidos ao governador, que chegou às 11h50, sob chuva, vindo de Ribeirão Pires, onde havia entregue carros para a polícia.
Maria de Lourdes Teixeira Brito Cordeiro, 37, moradora do Pantanal há 22 anos e há dez presidente do Centro de Convivência Itatinga, solicitou a instalação de uma base fixa da Polícia Militar na entrada da favela -depois da morte do prefeito, quatro bases móveis foram instaladas -, construção de uma escola de ensino fundamental, quadras poliesportivas, um centro de juventude, além do cadastramento de famílias para o Renda Cidadã, que dará R$ 60 mensais a famílias de baixa renda com filhos na escola.
Lourdinha, como a presidente do centro comunitário é conhecida, elogiou a presença da primeira-dama, mas cobrou iniciativas. "Começaram a dar atenção à comunidade depois da morte do prefeito", disse. Ela lembrou que em abril do ano passado havia encaminhado uma carta à Secretaria de Segurança Pública na qual narrava as dificuldades e a violência pelas quais passava o bairro.
O governador prometeu que o Estado irá atender as reivindicações e aproveitou para cobrar participação da prefeitura.


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