São Paulo, quinta-feira, 25 de março de 2004

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Presos dizem que resgate financiaria grupos políticos

DA REPORTAGEM LOCAL

O pagamento do resgate do seqüestro do publicitário Washington Olivetto, cujo valor inicial foi de R$ 10 milhões, seria usado para financiar organizações políticas, como o próprio MIR (Movimento de Esquerda Revolucionário), segundo afirmaram os seqüestradores.
A defesa usou essa informação para sustentar que Mauricio Hernández Norambuena e os outros seqüestradores tinham "motivação política" ao realizar o crime.
Olivetto ficou 53 dias em cativeiro no Brooklin (zona sul de São Paulo)-de dezembro de 2001 a fevereiro de 2002.
No primeiro julgamento, em julho de 2002, os seqüestradores foram condenados a 16 anos de prisão pela 19ª Vara Criminal de São Paulo. A sentença, no entanto, foi revista pela 6ª Câmara Criminal do TJ (Tribunal de Justiça), em novembro do ano passado.
A pena aumentou de 16 para 30 anos. Isso porque o TJ acolheu pedido do Ministério Público e também condenou os réus nos crimes de tortura e formação de quadrilha.
No julgamento, o TJ desconsiderou a tese de motivação política. O desembargador Ricardo Tucunduva afirmou que os que os seqüestradores fizeram foi "sexo, drogas e rock and roll". A defesa recorreu, mas o recurso ainda não foi julgado.


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