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SAÚDE NA UTI
Programa é municipal
Ministro quer Saúde da Família amplo no Rio
FABIANE LEITE
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro Humberto Costa
(Saúde) disse que há conversas
para que o governo estadual expanda o Programa de Saúde da
Família, hoje gerenciado pela Prefeitura do Rio. O PSF (equipes de
médicos, enfermeiros, auxiliares e
agentes comunitários que cuidam
de grupos de famílias) só cobre
hoje 3% da população da cidade.
"Já houve precedente no Brasil.
Em São Paulo, à época da prefeitura de Paulo Maluf [PP], o governo estadual o implantou", disse.
Para o ministro, cuja gestão faz
intervenção em seis hospitais municipais do Rio, as filas nessas e
em outras unidades só acabarão
se melhorar a atenção básica de
saúde. A prefeitura tem dito que
não tem recursos para isso.
O Estado não se manifestou.
À tarde, na Barra da Tijuca (zona oeste), Costa foi abordado por
Mário Sérgio Alves de Oliveira,
45, paciente do Into (Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia),
unidade federal do Rio. Ele mal
anda devido a uma inflamação no
quadril e precisa de cirurgia.
Segundo o diretor do Into e
coordenador da intervenção, Sérgio Côrtes, há espera de um ano
para essa cirurgia; enquanto isso
são usados medicamentos. Ele
disse que na Inglaterra, que também tem um sistema universal de
saúde, o prazo chega a dois anos.
"O objetivo é fazer com que isso
ande mais rápido, mas tem coisas
no sistema de saúde que tem seus
próprios prazos. O prazo dado faz
parte da melhor medicina", disse
o ministro. "Vou perder a outra
perna", gritou Oliveira.
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