São Paulo, quarta-feira, 25 de março de 2009

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THAIS SAUAYA PEREIRA (1959-2009)

Jornalista tardia, mas com nota máxima

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

A opção "química" na ficha do vestibular ganhou um xis ao lado. Quando revelou em qual curso se inscrevera, a família estranhou. Química? Thais Sauaya Pereira tinha perfil para a comunicação, diz a irmã Lígia. "Estabanada" que era, temiam que ela se machucasse caso exercesse a profissão que escolhera.
Fez a faculdade que quis e se formou no início dos anos 80. Mas não trabalhou como química. Ainda estudante, namorou por um tempo Sérgio, o jornalista que, cerca de 20 anos depois, seria seu companheiro de novo. Havia ainda o fator berço: o pai, Aldo, também jornalista, com passagem por esta Folha. Não deu outra.
Após mais de uma década trabalhando com pesquisa de mercado com a mãe, passou a atuar na área do pai até que, recentemente, decidiu ter o diploma de jornalista.
Em dezembro de 2007, com um trabalho de conclusão de curso sobre o jornalista e professor Aloysio Biondi, amigo de seu pai, foi aprovada com nota máxima, na Faculdade Cásper Líbero. A banca sugeriu que o estudo fosse publicado.
Anteontem, num trecho mineiro da BR-050, Sérgio perdeu o controle do carro após o pneu estourar e bateu contra um poste. Thais morreu aos 49. O companheiro se feriu, mas está bem. Recebeu alta do hospital.
Os dois voltavam de Brasília, para onde pretendiam se mudar. Thais deixa dois filhos, de um casamento anterior, e um neto. Será cremada hoje, às 10h, na Vila Alpina, em SP.

obituario@grupofolha.com.br


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