|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
THAIS SAUAYA PEREIRA (1959-2009)
Jornalista tardia, mas com nota máxima
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
A opção "química" na ficha
do vestibular ganhou um xis
ao lado. Quando revelou em
qual curso se inscrevera, a família estranhou. Química?
Thais Sauaya Pereira tinha
perfil para a comunicação,
diz a irmã Lígia. "Estabanada" que era, temiam que ela
se machucasse caso exercesse a profissão que escolhera.
Fez a faculdade que quis e
se formou no início dos anos
80. Mas não trabalhou como
química. Ainda estudante,
namorou por um tempo Sérgio, o jornalista que, cerca de
20 anos depois, seria seu
companheiro de novo. Havia
ainda o fator berço: o pai, Aldo, também jornalista, com
passagem por esta Folha.
Não deu outra.
Após mais de uma década
trabalhando com pesquisa
de mercado com a mãe, passou a atuar na área do pai até
que, recentemente, decidiu
ter o diploma de jornalista.
Em dezembro de 2007,
com um trabalho de conclusão de curso sobre o jornalista e professor Aloysio Biondi, amigo de seu pai, foi aprovada com nota máxima, na
Faculdade Cásper Líbero. A
banca sugeriu que o estudo
fosse publicado.
Anteontem, num trecho
mineiro da BR-050, Sérgio
perdeu o controle do carro
após o pneu estourar e bateu
contra um poste. Thais morreu aos 49. O companheiro
se feriu, mas está bem. Recebeu alta do hospital.
Os dois voltavam de Brasília, para onde pretendiam se
mudar. Thais deixa dois filhos, de um casamento anterior, e um neto. Será cremada hoje, às 10h, na Vila Alpina, em SP.
obituario@grupofolha.com.br
Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Garota de 13 anos acusa 5 homens de estupro Índice
|