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Garota de 13 anos acusa 5 homens de estupro
Crime teria ocorrido em Ocauçu, interior de SP; em Mairinque, polícia investiga suspeita de exploração sexual de adolescentes
Em Catanduva, professores da USP e da UFSCar vão treinar docentes da rede municipal a ajudar
crianças vítimas de abuso
DA AGÊNCIA FOLHA
DA FOLHA ONLINE
DA FOLHA RIBEIRÃO
Uma garota de 13 anos denunciou à Polícia Civil que foi
estuprada por cinco homens
-um deles um adolescente de
16 anos. Ela relatou que a agressão foi gravada e que as imagens circulam em Ocauçu, município de 4.180 habitantes a
427 km de São Paulo.
Após a denúncia, a PM
apreendeu o celular de um dos
suspeitos, onde foi achado um
vídeo em que a garota aparece
fazendo sexo com os cinco.
De acordo com o boletim de
ocorrência, registrado no dia 5
deste mês, a jovem foi estuprada no dia 28 de fevereiro.
Ela conhecia ao menos dois
agressores. Segundo a Secretaria da Segurança, a garota relatou que foi levada por um adulto, que já conhecia, à casa do
adolescente. Ela teria dito que
já havia feito sexo com o rapaz.
Na casa, ela teria sido obrigada a fazer sexo com os cinco.
A Polícia Civil instaurou inquérito e pediu à Justiça a prisão dos quatro adultos. Segundo a SSP, o pedido de prisão foi
negado pela Justiça. O adolescente de 16 anos foi encaminhado à Fundação Casa.
O celular com o vídeo foi enviado para a perícia. O laudo sobre o estupro ainda não ficou
pronto, segundo a secretaria.
Outros casos
O caso de Ocauçu é apenas
mais um de suspeita de abuso e
exploração sexual em São Paulo. A Polícia Civil investiga um
suposto esquema de exploração sexual de adolescentes em
Mairinque (71 km de SP). Cinco
homens são suspeitos de integrar uma rede de pedofilia. Os
nomes não foram divulgados. O
caso está sob sigilo.
Um dos suspeitos está preso.
A prisão dos outros quatro foi
pedida pelo delegado que investiga o caso, Alexandre Cassola. Segundo a Secretaria da
Segurança, há contra o grupo
suspeitas de estupro, atentado
violento ao pudor e corrupção
de menores. Segundo denúncias feitas à policia, o grupo realizava festas com adolescentes.
Já em Catanduva, onde a polícia investiga a atuação de uma
rede de pedofilia que já teria vitimado 46 crianças, professores das faculdades de psicologia
da USP de Ribeirão Preto e da
UFSCar (Universidade Federal
de São Carlos) vão treinar professores da rede municipal a
identificar crianças vítimas de
violência e a lidar com elas.
As duas faculdades são credenciadas no programa Escola
que Protege, do MEC, que solicitou a ajuda dos especialistas.
"Sabendo das dificuldades na
cidade [Catanduva], eles acionaram os integrantes do projeto na região", disse Sérgio Kodato, coordenador do Observatório da Violência e Práticas
Exemplares, da USP.
A professora Lúcia Williams,
da UFSCar, participa com mais
outros três docentes de uma
reunião, hoje, que vai detalhar a
ação. "É uma situação especial,
pois geralmente capacitamos
os professores para identificar
a violência. Neste caso, a violência já aconteceu e vamos ensinar a lidar com ela. Professor
não pode investigar, pois não é
polícia. Por isso, o caminho é a
psicologia", disse.
A escola Nelson de Macedo
Musa é onde estudam pelo menos 30 das 46 crianças apontadas como vítimas. Lá será instalada uma força-tarefa da prefeitura, que deve dar assistência social, de saúde e segurança
às famílias. A ação foi pedida
pela CPI da Pedofilia.
As investigações em Catanduva tiveram início em dezembro. Duas pessoas estão presas
e dois jovens, apreendidos.
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