São Paulo, sexta-feira, 25 de março de 2011

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BASÍLIO DE MORAES CAVALHEIRO FILHO (1916-2011)

A São Paulo de um contador e ex-prefeito de Ubatuba

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Basílio de Moraes Cavalheiro Filho, mesmo morando em Ubatuba desde 1959, continuava adorando São Paulo, sua terra natal, e visitava periodicamente a cidade para matar a saudade. Vinha à capital dirigindo, o que fez até pouco tempo atrás.
Ele viveu até os 94 anos e só parou de guiar aos 92 porque teve de renovar a carteira de habilitação e foi barrado durante o exame médico. Basílio adorava carros e motos.
Quando a filha mais nova começou a namorar, ele até emprestava sua motocicleta para os pretendentes dela, que achavam o máximo.
Filho de um contador, Basílio ficou órfão de pai aos 16. Foi mensageiro durante a Revolução de 32, competiu em provas de natação no Tietê, trabalhou como office-boy e se formou em contabilidade.
Deu aulas na área e teve um escritório. Também comprou terras na região de Niterói, Serra Negra e Ubatuba, para loteá-las em seguida.
No fim dos anos 50, já casado com Ruth, sua segunda mulher, foi viver em Ubatuba, onde abriu um depósito de material de construção.
O negócio fechou assim que ele entrou para a política. Foi vereador, presidente da Câmara e prefeito -na primeira vez, nomeado; na segunda, elegeu-se em 1972.
Não teve mais cargos, mas continuou participando da política local e orgulhava-se do que fizera pela cidade.
Conversador, adorava lembrar da São Paulo iluminada por lampiões, que ele saía apagando quando pequeno por pura molecagem.
Na terça (15), Basílio morreu em decorrência de uma pneumonia. Deixa viúva. Teve cinco filhos e oito netos.

coluna.obituario@uol.com.br


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