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3 presos negam participação no sequestro
da Agência Folha, em Goiânia
Pelos menos três dos cinco suspeitos presos pela Polícia Federal
em Campinas (99 km de SP) negam a participação no sequestro
em Goiânia. Eles falaram à Agência Folha na sede da PF.
Ronaldo Calgaro, que se diz vendedor de cosméticos, afirmou que
foi preso quando trabalhava nas
ruas de Campinas, vendendo os
seus produtos.
"Não tenho nada com isso. Eu
não conhecia essas pessoas, não tinha nenhum contato com elas. Entramos de gaiato", disse ele, que é
suspeito porque as contas dos telefones celulares iam para a sua casa.
Ele isenta de culpa também a sua
mulher, Marlene Paixão, que é suspeita por ter comprado os celulares com os documentos de outras
duas mulheres -M.H.V. e F.V.,
que também foram presas, embora
a polícia admita que precisa esclarecer melhor se de fato elas cederam os documentos sem saber do
sequestro.
"Foi a Maria Lúcia (Paixão, sua
irmã) que pediu para eu comprar
os celulares com os documentos
dela", disse Marlene, que alega não
saber que os três aparelhos, adquiridos entre os dias 25 e 30 de novembro, seriam usados no sequestro.
Oliveira
Ivanilda Oliveira, que diz ser
proprietária de um bazar de material escolar, também nega seu envolvimento.
"Eu faço de tudo para cuidar do
meu filho. Se os meus irmãos fazem confusão, eu não tenho nada
com isso", disse, assinalando: "Eu
já fui presa várias vezes por causa
deles".
Ivanilda é suspeita porque o recibo de um dos carros usados no sequestro, comprado há um ano e
meio, tinha o seu endereço.
"Eles são bandidos mesmo. Mas
não dá para incriminar todo mundo", disse.
A família Oliveira já teve oito irmãos. Segundo Ivanilda, três morreram em conflitos com a polícia.
Dos outros cinco, quatro estão
presos -ela, José Francisco, Moacir e Mauro- e outro, Ademir, está sendo procurado pela Polícia
Federal.
O seu pai, Francisco de Oliveira,
morreu em 1976, durante uma rebelião em Curitiba (PR). Os Oliveira vivem em São Paulo e no Mato
Grosso do Sul.
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