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Secretário e delegada discutem
da Sucursal do Rio
O secretário estadual da Segurança do Rio, Josias Quintal, tentou negar que a delegada Márcia
Julião tenha participado da prisão
do traficante Marcinho VP.
"A Márcia Julião não tem nada a
ver com isso, ela é uma delegada
afastada. Ela esteve lá na DPCA
após a prisão, me parece até que
deu entrevista... Nós estamos comemorando a prisão, mas a delegada está afastada", disse Quintal.
A delegada foi afastada da direção da DPCA no mês passado. O
motivo foi a acusação feita pelo
antropólogo Luiz Eduardo Soares, ex-coordenador de Segurança do governo estadual, de que ela
participaria de um esquema de
cobrança de propina de hotéis do
centro da cidade.
Apesar da negativa do secretário, Márcia Julião participou das
investigações e da prisão.
Ela foi à DPCA com a roupa
usada na operação: camiseta preta da Polícia Civil, botinas e o distintivo policial no peito. Como fez
quando foi afastada, ela beijou o
distintivo.
Discussão
A delegada se irritou quando
presenciou a entrevista em que o
secretário negou a participação
dela no caso.
Os dois chegaram a discutir no
pátio da delegacia. "A senhora está afastada", disse o secretário, em
voz baixa.
Ela se recusou a dar entrevista.
"É a Polícia Civil trabalhando, é a
Polícia Civil trabalhando", repetiu várias vezes.
Quintal não explicou por que a
DPCA -especializada em crianças e adolescentes- foi encarregada da prisão do traficante,
quando havia uma equipe na Polinter (Polícia Interestadual) designada para o trabalho.
"O correto seria a DPCA passar
a informação para a Delegacia de
Repressão a Entorpecentes, mas
não sei em que circunstâncias se
deu essa investigação. O princípio
da oportunidade deve valer para
essas ocasiões. Não haveria por
que perder tempo", afirmou.
Quintal disse que não haverá
prêmio em dinheiro para a DPCA
pela prisão de Marcinho VP, porque o Disque-Denúncia só costuma remunerar por informações
passadas à polícia.
Os próximos alvos da polícia
fluminense, segundo o secretário
da Segurança, são Luiz Fernando
da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e os traficantes conhecidos
como Linho e Celsinho de Vila
Vintém.
(FE e ST)
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