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Sociólogo
ironiza acusado
da Sucursal do Rio
O sociólogo Rubem César Fernandes, do movimento Viva Rio,
qualificou a tentativa do traficante Marcinho VP de aproximar sua
imagem à do exército zapatista,
do México, de "pura alucinação".
"Aqui o tráfico é um negócio,
não tem essa conotação política e
ideológica que ele quer fazer parecer. A relação dele está mais próxima com o Sendero Luminoso,
do Peru, que tem uma conexão
com o narcotráfico", analisa.
Para Fernandes, a afirmação de
VP é "uma viagem pessoal". "Esse
discurso dele de tentar aproximar
a situação do México com o que
acontece aqui não existe, não
prospera. Não há nenhuma afinidade entre as situações."
A Folha tentou falar com o documentarista João Salles, mas ele
não quis comentar o caso. Há
duas semanas, Salles foi indiciado
sob a acusação de "favorecimento
pessoal" ao traficante.
Luiz Eduardo Soares, ex-coordenador de Segurança e Cidadania do Rio, também não quis falar
sobre a prisão. A posição de Soares sobre o relacionamento entre
Marcinho VP e Salles foi uma das
causas de sua demissão.
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