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VIOLÊNCIA
Os três estavam em casa de veraneio em Mongaguá; polícia suspeita de cobrança de dívida de drogas
Alunos da PUC são mortos em chacina
FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos
Os corpos de três adolescentes
mortos a golpes de faca foram encontrados pelos pais na madrugada de ontem em uma casa de veraneio em Mongaguá (litoral sul
de São Paulo). Os três estavam
com os pés e as mãos amarrados.
Os mortos são os estudantes
Bruno Ruggeri de Paula Andrade,
Danilo Ramos Ribeiro e Ariel Lagatta de Souza, todos com 17
anos, moradores de São Paulo.
Ribeiro era filho de um oficial
da reserva da Aeronáutica, e Lagatta, de um investigador de polícia de São Paulo. Ambos estavam
no primeiro ano do curso de administração da PUC-SP.
Segundo informações dadas pelos familiares à polícia, os três
amigos viajaram de ônibus na
quinta-feira à noite para Mongaguá, a fim de passar o feriado prolongado na casa da família de
Souza, no bairro Vila Arens.
De acordo com o delegado titular de Mongaguá, Orlando Augusto de Souza, os pais disseram
que os adolescentes tinham se comunicado com eles por telefone
na tarde de sábado, informando
que voltariam no dia seguinte.
Diante da demora, tentaram,
sem êxito, contato com os filhos
pelo telefone celular de um deles.
À noite, decidiram se deslocar para Mongaguá e acharam os corpos na casa por volta de 2h.
Apesar de terem dito aos pais
que retornariam a São Paulo no
domingo, Andrade e Lagatta teriam participado de um jogo de
basquete em São Paulo no final da
tarde de sábado, segundo o Departamento de Basquete da Sociedade Esportiva Palmeiras.
Os dois eram jogadores do time
juvenil de basquete do Palmeiras,
que venceu o Corinthians por 97 a
77, em partida iniciada às 17h de
sábado no ginásio do adversário,
pelo Campeonato Juvenil Masculino da Grande São Paulo.
Os autores do triplo homicídio
utilizaram facas de cozinha e espetos de churrasco para matar os
adolescentes. O corpo de Lagatta
estava carbonizado, resultado do
fogo ateado em um colchonete
que foi jogado sobre ele.
Até o final da tarde de ontem, a
polícia não tinha pistas dos assassinos. O delegado disse acreditar
que o crime tenha sido motivado
por dívidas relacionadas a drogas.
Segundo ele, em revista feita ontem na casa, policiais acharam
uma semente de maconha e uma
"garrafa com odor de droga". O
único objeto roubado foi um telefone celular de Andrade.
"Esses pequenos vestígios de
entorpecentes reforçam a tese de
que há droga por trás", disse. O
delegado afirmou sustentar essa
tese em razão de os adolescentes
terem sido torturados. "Se fosse
por outra razão, por que os autores perderiam tanto tempo para
amarrar, amordaçar e ficar espetando as vítimas?"
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