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A fiscalização da Prefeitura de São José dos Campos (91 km de SP) tentou expulsar, ontem, a freira Célia Aparecida de Souza da praça Afonso Pena, onde está acampada desde anteontem à noite, em protesto contra a situação dos menores mantidos, irregularmente, em celas da cadeia pública, conhecida como Putim.
De acordo com a freira, que também está em greve de fome desde o dia 19, os 17 adolescentes da cadeia estão dividindo uma cela sem condições de higiene, camas e ventilação. Os garotos passam até 30 dias no local, o que contraria o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
Cerca de seis fiscais de conduta da prefeitura estiveram ontem pela manhã na praça notificando os manifestantes porque a barraca estava em cima da grama da praça. Segundo os fiscais, o acampamento infringia uma lei municipal que protege a grama e as árvores do local.
A prefeitura, que havia dado prazo até as 14h para a retirada da barraca, recuou e acabou permitindo a permanência. Aproximadamente dez pessoas se revezam no acampamento.
O presidente da Fundhas, José Omir Veneziani Júnior, disse ontem que as manifestações eram de cunho político. "Ela (a freira) acompanhou todo o processo e sabia que as celas da Diju (Delegacia da Infância e Juventude) seriam entregues esta semana. Isso, para mim, é política", disse.
Ontem, a freira estava debilitada, com a pressão arterial um pouco abaixo do normal.



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