São Paulo, quarta-feira, 25 de abril de 2001

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PETROBRAS

Rennó depôs na Câmara ONG distribui preservativo para 3.200 moradores de área pobre

Ex-presidente não fala sobre acidente com P-36

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os depoimentos de Joel Rennó, ex-presidente da Petrobras, e de German Efromovich, diretor-presidente da Marítima Petróleo, na comissão especial da Câmara dos Deputados que investiga o acidente com a plataforma P-36 da estatal não acrescentaram muito à investigação.
Rennó e Efromovich evitaram falar sobre as causas do acidente da P-36, então a maior plataforma semi-submersível do mundo. "Não me atreveria a dar um palpite", disse Efromovich, cuja empresa foi contratada pela Petrobras para construir a plataforma. Já Rennó declarou: "Não me atrevo a fazer uma avaliação do motivo [do acidente da P-36"".
Ambos negaram acusações de que a Petrobras, na gestão de Rennó, teria favorecido a Marítima sem que a empresa tivesse a capacidade operacional para executar os contratos.
Segundo Efromovich, a Marítima teve contratos com a Petrobras que somavam cerca de US$ 1,3 bilhão para a construção das plataformas de produção P-36, P-37, P-38 e P-40. Isso não inclui contratos de prestação de serviços de perfuração.
Ainda de acordo com Efromovich, isso representava 27,8% do valor das contratações da Petrobras. Ele contestou acusações de que sua empresa detinha até 80% dos contratos da estatal.

Modificações
Efromovich explicou à comissão que o atraso na entrega da P-36, de novembro de 1998 para janeiro de 2000, ocorreu porque a Petrobras solicitou 104 modificações na plataforma.
Segundo ele, as modificações "são normais" e não poderiam ser a causa do acidente que causou o afundamento. Para Rennó, não houve irregularidade na concessão de prazo adicional à Marítima sem aval da diretoria da Petrobras. "Não precisava perguntar à diretoria", afirmou.
Efromovich e Rennó negaram tráfico de influência entre Petrobras e Marítima.


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