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CASO SHELL
Empresa deve pagar custos
Acordo será assinado até a próxima semana
O Ministério Público informou
que a Shell Brasil deverá assinar o
Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) até a próxima semana. O termo determinará como
serão feitos a recuperação da área
e o tratamento de saúde dos moradores do bairro Recanto dos
Pássaros, em Paulínia (SP).
O último ponto que faltava a ser
acertado era o que trata do pagamento, por parte da multinacional anglo-holandesa, de todos os
tipos de exame e assegura os custos de saúde dos funcionários.
A empresa informou ontem
que, desde o começo do processo,
aceitou esses pontos.
Segundo a Shell, a única parte
do TAC com a qual não concordava era a determinação de que
fosse ela a responsável pelos problemas de saúde causados pela
suposta contaminação.
O coordenador do Centro de
Apoio Operacional das Promotorias do Meio Ambiente do Ministério Público, José Carlos Melone
Sicoli, disse que a atuação da Promotoria é ponderar as posições,
visando a saúde dos moradores
do Recanto dos Pássaros.
O TAC prevê que a Shell pague
as despesas com saúde dos cerca
de 200 moradores. Caso a Prefeitura de Paulínia continue os exames, o acordo prevê o ressarcimento integral pela Shell.
Mais exames
Os moradores do Recanto dos
Pássaros continuaram a fazer ontem os exames de sangue para detectar a presença de metal pesado.
Por causa de duas ameaças de
morte recebidas na semana passada, a Universidade Estadual
Paulista e a Secretaria da Saúde de
Paulínia começaram anteontem
os exames sob a proteção da
Guarda Municipal.
Exames confirmaram que o solo do local sofreu contaminação
por pesticidas produzidos pela
Shell Brasil entre 1978 e 1995.
Segundo o toxicologista da
Unesp Igor Vassilieff, os telefonemas anônimos com as ameaças
foram atendidos por uma supervisora do Centro de Análises Toxicológicas da Unesp.
(FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS)
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