São Paulo, quarta-feira, 25 de abril de 2001

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CASO SHELL

Empresa deve pagar custos

Acordo será assinado até a próxima semana

O Ministério Público informou que a Shell Brasil deverá assinar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) até a próxima semana. O termo determinará como serão feitos a recuperação da área e o tratamento de saúde dos moradores do bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia (SP).
O último ponto que faltava a ser acertado era o que trata do pagamento, por parte da multinacional anglo-holandesa, de todos os tipos de exame e assegura os custos de saúde dos funcionários.
A empresa informou ontem que, desde o começo do processo, aceitou esses pontos.
Segundo a Shell, a única parte do TAC com a qual não concordava era a determinação de que fosse ela a responsável pelos problemas de saúde causados pela suposta contaminação.
O coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias do Meio Ambiente do Ministério Público, José Carlos Melone Sicoli, disse que a atuação da Promotoria é ponderar as posições, visando a saúde dos moradores do Recanto dos Pássaros.
O TAC prevê que a Shell pague as despesas com saúde dos cerca de 200 moradores. Caso a Prefeitura de Paulínia continue os exames, o acordo prevê o ressarcimento integral pela Shell.

Mais exames
Os moradores do Recanto dos Pássaros continuaram a fazer ontem os exames de sangue para detectar a presença de metal pesado.
Por causa de duas ameaças de morte recebidas na semana passada, a Universidade Estadual Paulista e a Secretaria da Saúde de Paulínia começaram anteontem os exames sob a proteção da Guarda Municipal.
Exames confirmaram que o solo do local sofreu contaminação por pesticidas produzidos pela Shell Brasil entre 1978 e 1995.
Segundo o toxicologista da Unesp Igor Vassilieff, os telefonemas anônimos com as ameaças foram atendidos por uma supervisora do Centro de Análises Toxicológicas da Unesp. (FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS)


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