São Paulo, quinta-feira, 25 de abril de 2002

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ADMINISTRAÇÃO

Oposição afirma que petistas estariam trocando favores com PPB

PT não tem data para votar as contas da gestão Maluf

MELISSA DINIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

As contas do ex-prefeito Paulo Maluf (PPB) não devem ser votadas pela Câmara Municipal antes de projetos do Executivo, como o que cria as subprefeituras e a Secretaria Municipal da Segurança.
"A prioridade do governo é votar os projetos tanto do Executivo quanto dos vereadores", disse José Mentor (PT), líder do governo na Câmara Municipal.
Ontem, a bancada do PT divulgou uma nota afirmando que a não-adesão à proposta do vereador Milton Leite (PMDB) de inverter a pauta de votações na sessão de anteontem e discutir as contas do ex-prefeito se deu porque o partido tinha como prioridade aprovar projetos de lei que permitiam a continuação do combate à dengue no município.
A inversão de pauta proposta por Leite visava discutir o parecer do Tribunal de Contas do Município que aprovou as contas de Maluf referentes ao exercício de 1995, com ressalvas nos investimentos em educação.
A nota afirmava que a responsabilidade para com o município fez com que os vereadores do partido impedissem a tentativa de Leite e que a história da bancada do PT sempre foi e continuará sendo de "feroz combate à política nefasta praticada pelo ex-prefeito".
Apesar disso, a oposição continua afirmando que o PT não tem interesse em discutir as contas da gestão Paulo Maluf porque estaria trocando favores com o PPB.

"Noivado"
"Não sei dizer quanto tempo vai durar esse noivado do PT com o malufismo, mas certamente continuará até as eleições. Há diversas manifestações de carinho de ambos os lados", disse Gilberto Natalini, do PSDB.
Segundo Mentor, a inversão representava risco para o partido, porque poderia não haver os 37 votos necessários (do total de 55) para derrubar o parecer do TCM.
"Tem voto sobrando. Podem rejeitar ou não o parecer; não pode é a Câmara se omitir", disse Leite. "Sem articulação, poderia acontecer de outros vereadores conseguirem os 19 votos para mantê-lo", afirmou Mentor.



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