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EDUCAÇÃO
Proposta, que ainda precisa de confirmação, prevê paralisação na USP, na Unesp e na Unicamp a partir de 14 de maio
Universidades de SP ameaçam fazer greve
DA REPORTAGEM LOCAL
Professores e funcionários das
três universidades públicas do Estado de São Paulo -USP, Unicamp e Unesp- ameaçam entrar
em greve por tempo indeterminado a partir de 14 de maio.
A proposta foi apresentada em
reunião extraordinária do Fórum
das Seis -entidade que reúne os
sindicatos de professores e funcionários de cada universidade.
Um outro encontro do fórum
está marcado para hoje, às 10h.
Será discutida a possibilidade de
haver um dia de paralisação antes
da greve.
Essa paralisação seria no dia 9
de maio, quando haverá uma das
reuniões entre sindicatos e universidades para discutir os pedidos dos trabalhadores.
Os seis sindicatos têm reivindicações conjuntas como reajuste
salarial de 25% (sobre os vencimentos de abril), aumentos trimestrais e mais verbas para auxílio aos estudantes.
O coordenador do Fórum das
Seis, Ciro Teixeira Correia, também presidente da Adusp (Associação dos Docentes da USP), disse que ainda não há definições
concretas sobre a greve.
Segundo ele, na próxima semana os seis sindicatos farão assembléias isoladas para definir se
mantêm o indicativo de greve.
A assessoria de imprensa do reitor da USP, Adolpho José Melfi,
também presidente do Cruesp
(Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas),
informou que haverá uma reunião técnica com os sindicatos no
dia 6 de maio. Depois, no dia 9 de
maio, haverá uma outra reunião,
quando participarão os reitores, e
as universidades devem apresentar sua contraproposta.
No dia 12 de maio, o Fórum das
Seis realizará assembléia para decidir o que será feito. Conforme as
negociações, será analisada a possibilidade de greve no dia 14.
Para Magno de Carvalho, diretor do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), a possibilidade de greve é grande. "Nossas
reivindicações não são só salariais, mas a inflação está comendo
o poder aquisitivo, e isso está pesando no bolso."
A assessoria da USP diz que o
Cruesp não apresentou contraproposta porque as negociações
ainda não começaram, e a posição
dos sindicatos é "precipitada".
A última greve geral nas universidades estaduais de São Paulo foi
feita em 2000 e durou 52 dias.
No ano passado a Faculdade de
Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), da USP, parou por
106 dias, mas era um movimento
específico por contratação de
mais professores.
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