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São Paulo, sexta-feira, 25 de abril de 2003

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EDUCAÇÃO

Proposta, que ainda precisa de confirmação, prevê paralisação na USP, na Unesp e na Unicamp a partir de 14 de maio

Universidades de SP ameaçam fazer greve

DA REPORTAGEM LOCAL

Professores e funcionários das três universidades públicas do Estado de São Paulo -USP, Unicamp e Unesp- ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado a partir de 14 de maio.
A proposta foi apresentada em reunião extraordinária do Fórum das Seis -entidade que reúne os sindicatos de professores e funcionários de cada universidade.
Um outro encontro do fórum está marcado para hoje, às 10h. Será discutida a possibilidade de haver um dia de paralisação antes da greve.
Essa paralisação seria no dia 9 de maio, quando haverá uma das reuniões entre sindicatos e universidades para discutir os pedidos dos trabalhadores.
Os seis sindicatos têm reivindicações conjuntas como reajuste salarial de 25% (sobre os vencimentos de abril), aumentos trimestrais e mais verbas para auxílio aos estudantes.
O coordenador do Fórum das Seis, Ciro Teixeira Correia, também presidente da Adusp (Associação dos Docentes da USP), disse que ainda não há definições concretas sobre a greve.
Segundo ele, na próxima semana os seis sindicatos farão assembléias isoladas para definir se mantêm o indicativo de greve.
A assessoria de imprensa do reitor da USP, Adolpho José Melfi, também presidente do Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas), informou que haverá uma reunião técnica com os sindicatos no dia 6 de maio. Depois, no dia 9 de maio, haverá uma outra reunião, quando participarão os reitores, e as universidades devem apresentar sua contraproposta.
No dia 12 de maio, o Fórum das Seis realizará assembléia para decidir o que será feito. Conforme as negociações, será analisada a possibilidade de greve no dia 14.
Para Magno de Carvalho, diretor do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), a possibilidade de greve é grande. "Nossas reivindicações não são só salariais, mas a inflação está comendo o poder aquisitivo, e isso está pesando no bolso."
A assessoria da USP diz que o Cruesp não apresentou contraproposta porque as negociações ainda não começaram, e a posição dos sindicatos é "precipitada".
A última greve geral nas universidades estaduais de São Paulo foi feita em 2000 e durou 52 dias.
No ano passado a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), da USP, parou por 106 dias, mas era um movimento específico por contratação de mais professores.


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