São Paulo, domingo, 25 de abril de 2004

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URBANISMO

Com a debandada das indústrias, eixo ferroviário que liga Santo André a Osasco cedeu lugar a favela e ruínas

Área comercial vira "fantasma" nos anos 80

DA REPORTAGEM LOCAL

Remanescente de um período industrial, a área delimitada para o Bairro Novo -um corredor que vai de Santo André a Osasco, ao longo de um eixo ferroviário- começou a se esvaziar na década de 80, com a saída das indústrias que ocupavam os terrenos.
"Esse corredor comercial ferroviário se intensificou na década de 50. A partir de 80, começou a passar por uma transformação. A herança cultural desse passado são as glebas subutilizadas, os depósitos, o moinho que virou uma favela, as indústrias Matarazzo que ficaram abandonadas durante muito tempo, ou seja, terrenos inutilizados, ociosos e construções em ruínas", explica o arquiteto Kazuo Nakano, pesquisador do Instituto Pólis.
Na opinião do arquiteto, propostas bem sucedidas de aproveitamento desse eixo, que consigam recolocar a vida urbana em uma região mal aproveitada, podem ser implementadas em outras áreas com o mesmo perfil.
No caso dos terrenos abrangidos no concurso Bairro Novo, uma série de casos isolados acabou por mantê-los subutilizados, afirma o secretário do Planejamento, Jorge Wilheim.
A área pertencente hoje à Telefônica, uma das maiores glebas do conjunto, era propriedade do governo federal e foi repassada para a Telesp. Com a privatização, passou para a Telefônica.
Do terreno da prefeitura, parte é utilizada como um pátio pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e parte é emprestada a times de futebol para treino. "Tem ainda a área do governo federal e o que é conhecido como gleba Pompéia, que pertencia à família Vilares e ficou parado por causa de divisões feitas entre os herdeiros", diz o secretário.


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