São Paulo, domingo, 25 de abril de 2004

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Entidade quer liberar caminhão maior

DA REPORTAGEM LOCAL

O transporte de carga também enfrenta um debate na capital paulista por conta das restrições à circulação de caminhões de entrega em determinadas regiões.
Em razão de um decreto municipal em vigor desde 1997, na gestão Celso Pitta, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) permite que somente veículos com até 5,5 metros de comprimento possam fazer entregas, nas horas de pico da tarde, nas chamadas ZMRCs (Zonas de Máxima Restrição à Circulação), que abrangem os entornos de bairros como Pinheiros, Jardins e Bom Retiro, além do centro.
O Setcesp (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região) afirma que esses caminhões, conhecidos como VUC (Veículo Urbano de Carga), têm capacidade para transportar 1.500 kg de carga.
A entidade pressiona a prefeitura para a liberação, também nesses períodos, de caminhões com até 6,50 metros de comprimento, batizados de VLC (Veículo Leve de Carga), que poderiam transportar 4.500 kg de carga.
Ela avalia que essa medida diminuiria a quantidade de veículos nas ruas -já que um VLC, embora tenha um metro a mais, poderia substituir três VUC-, ocupando menos espaço no sistema viário, reduzindo os congestionamentos nesses bairros com grande movimentação e a poluição da cidade de São Paulo.

Vagas
A assessoria de imprensa CET afirma que os VLCs trariam problemas ao trânsito nos horários de picos da tarde porque eles têm mais dificuldade para se enquadrar nos tamanhos das vagas existentes na capital paulista reservadas para os caminhões descarregarem suas mercadorias.
Dessa forma, diz a assessoria da CET, eles não teriam facilidade para parar nas vias públicas -já que nem todos os estabelecimentos têm estacionamento exclusivo- e acabariam parando em fila dupla ou circulando demais apenas para tentar encontrar vagas adequadas. Essas conseqüências, na avaliação da companhia, trariam mais prejuízos à circulação do que a proibição existente hoje.
A CET ressalta ainda que esses caminhões podem acessar essas áreas, desde que fora dos picos da tarde, quando a lentidão na capital paulista é maior. A empresa afirma ainda que as vagas reservadas para carga e descarga tomaram como referência as dimensões do VUC, em meados dos anos 90, depois de um amplo debate com os segmentos do setor.


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