São Paulo, sábado, 25 de abril de 2009

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Planos de saúde subirão no máximo 6,76%

Reajuste vai vigorar em 1º de maio, para planos contratados a partir de 1999; aumento vale para cerca de 6,5 milhões dos 52 milhões de usuários

Planos de saúde pediram até 11% de reajuste à ANS, dizendo que houve aumento no preço dos remédios e crise financeira, entre outras razões

DA SUCURSAL DO RIO

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) fixou em 6,76% o teto de reajuste para os planos de saúde médico-hospitalares de pessoas físicas, contratados a partir de janeiro de 99, os chamados planos novos.
O reajuste -1,15 ponto percentual acima da inflação dos últimos 12 meses pelo IPCA- atinge cerca de 6,5 milhões de usuários, ou seja, 12,4% do total de 52 milhões de beneficiários de planos de saúde no Brasil.
Para calcular o índice de aumento, a ANS levou em conta o reajuste dos planos coletivos e a maior oferta e utilização de procedimentos de saúde. Apesar de ser acima da inflação, o índice divulgado ontem ficou abaixo do esperado pelas operadoras de planos de saúde, em razão do aumento dos serviços oferecidos.
"Há uma estabilização no setor, se levarmos em conta que procedimentos importantes como vasectomia, laqueadura ou exames de genética e profissionais como fonoaudiólogo, nutricionista e terapeuta ocupacional hoje estão incorporados à cobertura assistencial mínima", afirmou o diretor-presidente da ANS, Fausto Pereira dos Santos.

1º de maio
O índice de reajuste tem vigência a partir de 1º de maio de 2009 e será aplicado ao longo de 12 meses, devendo ser observada a data de aniversário do contrato do beneficiário. Ao receberem seus boletos de pagamento, os beneficiários devem conferir se o índice está claramente identificado.
Em caso de dúvida, o usuário de plano de saúde pode entrar em contato pelo Disque-ANS (0800 7019656) ou ainda pelo site www.ans.gov.br, no link "Fale Conosco".
Os planos de saúde tinham enviado planilhas de custos com o pedido de aumento de até 11%, quase o dobro da inflação medida pelo IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo) do IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cujo acumulado nos últimos 12 meses está em 5,61%. No ano passado, as empresas tinham reivindicado reajuste de 8%, e a agência autorizou 5,48%.
Crise financeira mundial e reajuste de 6,25% no preço dos remédios estão entre os argumentos que as empresas usaram para justificar o aumento dos custos. Do lado dos usuários, os salários não tiveram ganhos superiores à inflação.


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