São Paulo, sábado, 25 de abril de 1998

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ADMINISTRAÇÃO
Manifesto pró-impeachment será entregue terça-feira
Pitta aposta em fracasso de ato da oposição para conter rebeldes

MAURÍCIO RUDNER HUERTAS
da Reportagem Local

O prefeito Celso Pitta (PPB) aposta no fracasso do ato popular que pede o seu impeachment, marcado para terça-feira, na frente da Câmara Municipal, para fazer com que os vereadores "rebeldes" voltem a compor a sua bancada de sustentação.
Como a promessa de loteamento de secretarias municipais e cargos na Prefeitura de São Paulo para os 12 vereadores dissidentes parece não ter surtido o efeito esperado, já que todos garantem que a CPI dos Precatórios será votada na terça-feira, assessores de Pitta preparam um contra-ataque nas ruas.
Escolas de samba e pelo menos cinco igrejas evangélicas já foram mobilizadas para um ato pró-Pitta na terça-feira. O ponto de encontro é a sede da prefeitura, no parque D. Pedro (região central).
A Folha apurou que a estratégia dos manifestantes favoráveis ao prefeito é esperar o início do ato dos opositores.
Se houver uma grande concentração de pessoas na frente da Câmara, sambistas e evangélicos permanecem na prefeitura para evitar um confronto. Mas, se o ato do "fora Pitta" fracassar, como esperam os defensores do prefeito, eles pretendem ocupar o local.
O principal articulador da claque governista é Jesse Ribeiro, diretor comercial da Cohab (Companhia Metropolitana de Habitação). Ele é ligado a Calim Eid -tesoureiro das últimas campanhas de Paulo Maluf e do próprio Pitta.



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