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LIMPEZA URBANA
Revisão de contratos pára investimentos
DA REPORTAGEM LOCAL
O processo de revisão dos contratos com fornecedores feito pelo prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), travou o cronograma
de investimentos das concessionárias que fazem a coleta de lixo.
Assinados em outubro de 2004,
os contratos do lixo têm duração
de 20 anos, valor de R$ 9,8 bilhões
e prevêem contrapartidas das empresas vencedoras da licitação.
Uma das contrapartidas é a
construção de dois aterros sanitários para a substituição dos atuais,
que estão próximos da capacidade máxima de armazenamento.
Até fevereiro deste ano, as concessionárias deveriam apresentar
estudos técnicos e ambientais para a construção dos aterros.
No início daquele mês, porém, a
gestão Serra enviou ofícios às
duas concessionárias que prestam os serviços -Loga (Logística
Ambiental) e Ecourbis Ambiental- no qual determinou a suspensão na implantação de novos
serviços e realização de investimentos "até ulterior deliberação".
Além do ofício da gestão Serra
que determinou a paralisação de
qualquer investimento pelas concessionárias, a Loga afirma que a
prefeitura só tornou de "utilidade
pública" as áreas indicadas para a
construção dos aterros em dezembro do ano passado, o que
atrasou os trabalhos de medições
e sondagens nos terrenos.
A prefeitura alega que a suspensão do cronograma de investimentos das concessionárias é necessário para que se obtenham os
descontos em contrato. Em entrevista publicada pela Folha na segunda, o secretário de Finanças,
Mauro Ricardo Costa, disse que
pretende chegar a um desconto
superior a 20% na renegociação
com as empresas de limpeza.
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