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Remédio suspeito de causar morte de dois bebês tem lote interditado
ELIANE MENDONÇA
DAS REGIONAIS
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu
ontem o comércio e o uso do lote
nš 0304032 de penicilina, fabricado pelo Laboratório Prodotti, de
São Paulo. O comunicado da
agência foi divulgado pouco depois de a Secretaria de Estado da
Saúde de São Paulo ter interditado o medicamento, suspeito de
ter provocado a morte de dois bebês no Hospital Universitário de
Taubaté, no último sábado.
Os dois bebês tinham menos de
um mês de vida -Raimundo Alverino Ferreira da Rocha, 20 dias,
e Luiz Felipe Emídio, 30 dias- e
estavam internados no mesmo
quarto, ambos com pneumonia.
A interdição deve ser publicada
hoje no "Diário Oficial" de SP.
Ontem, fiscais do Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria da
Saúde foram até o laboratório e
determinaram também a suspensão da produção e da venda do
medicamento até que se conclua a
investigação sobre as mortes.
Técnicos da Vigilância Sanitária
de Taubaté colheram amostras do
remédio usado nos bebês e mais
57 frascos fechados estocados no
hospital. O material foi encaminhado ontem para o laboratório
Adolfo Lutz, onde será analisado.
Ontem, os técnicos da secretaria
estiveram no hospital para fazer
uma avaliação dos procedimentos adotados nos dois casos.
A Folha procurou ontem a direção do hospital para que comentasse o caso. A advogada do hospital, Bianca Galvão Greff, não
pôde atender à reportagem.
O presidente do Laboratório
Prodotti, Paulo Macruz, disse ontem que fabrica o produto desde
1979 e que pela primeira vez registra um problema do gênero. "Paramos a produção, conforme determinação, e estamos entrando
em contato com os distribuidores
para que devolvam os frascos do
lote interditado."
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