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São Paulo, quarta-feira, 25 de junho de 2003

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Remédio suspeito de causar morte de dois bebês tem lote interditado

ELIANE MENDONÇA
DAS REGIONAIS

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu ontem o comércio e o uso do lote nš 0304032 de penicilina, fabricado pelo Laboratório Prodotti, de São Paulo. O comunicado da agência foi divulgado pouco depois de a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo ter interditado o medicamento, suspeito de ter provocado a morte de dois bebês no Hospital Universitário de Taubaté, no último sábado.
Os dois bebês tinham menos de um mês de vida -Raimundo Alverino Ferreira da Rocha, 20 dias, e Luiz Felipe Emídio, 30 dias- e estavam internados no mesmo quarto, ambos com pneumonia.
A interdição deve ser publicada hoje no "Diário Oficial" de SP.
Ontem, fiscais do Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria da Saúde foram até o laboratório e determinaram também a suspensão da produção e da venda do medicamento até que se conclua a investigação sobre as mortes.
Técnicos da Vigilância Sanitária de Taubaté colheram amostras do remédio usado nos bebês e mais 57 frascos fechados estocados no hospital. O material foi encaminhado ontem para o laboratório Adolfo Lutz, onde será analisado.
Ontem, os técnicos da secretaria estiveram no hospital para fazer uma avaliação dos procedimentos adotados nos dois casos.
A Folha procurou ontem a direção do hospital para que comentasse o caso. A advogada do hospital, Bianca Galvão Greff, não pôde atender à reportagem.
O presidente do Laboratório Prodotti, Paulo Macruz, disse ontem que fabrica o produto desde 1979 e que pela primeira vez registra um problema do gênero. "Paramos a produção, conforme determinação, e estamos entrando em contato com os distribuidores para que devolvam os frascos do lote interditado."


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