UOL


São Paulo, quarta-feira, 25 de junho de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Para Marta, decisão afeta recuperação do parque

DA REPORTAGEM LOCAL

A prefeita Marta Suplicy classificou ontem de "incompreensível" a decisão do Conselho Superior do Ministério Público, que se manteve contrário à construção do auditório no Ibirapuera.
"Eu acho uma tristeza essa atitude do conselho, de má vontade em relação à recuperação do parque. Porque, no fundo, estamos falando não de um auditório, mas da recuperação do parque mais bonito da cidade", afirmou.
De acordo com Adriano Diogo, titular da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), caso o auditório não seja construído, a realização de outras obras no Ibirapuera seria comprometida. "A construção do auditório é o carro-chefe de toda essa reorganização."
De acordo com Marta, a prefeitura só iniciará as obras depois que o Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico) mudar a resolução de tombamento do parque. No novo texto, segundo ela, ficará clara a autorização do órgão à construção do auditório. A prefeita disse que o Condephaat deve reescrever o texto até a próxima segunda-feira.

Urbanistas
A presidente da Associação de Ensino de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, Anália Amorim, é favorável à construção do auditório. Para ela, o principal problema em relação à permeabilidade do local são os estacionamentos que foram construídos dentro do parque, que correspondem a 75 mil m2 de cobertura asfáltica. "A construção do auditório é um bem que a cidade ganha."
Regina Monteiro, presidente do Movimento Viva São Paulo, disse que a entidade ainda não possui uma opinião em relação ao auditório, pois desconhece os detalhes do projeto.
No sábado pela manhã, representantes do movimento, da SVMA e de moradores da região irão se reunir para esclarecer detalhes do Plano Diretor do Ibirapuera. "Uma das minhas dúvidas é se, nesses 50 anos [entre a realização do projeto e a construção do auditório], a vocação do parque não mudou e deixou de ser cultural. Será que não precisamos mais de áreas verdes do que de equipamentos culturais?"


Texto Anterior: Administração: Auditório no Ibirapuera sofre nova derrota
Próximo Texto: Câmara: Semana da Segurança começa tímida
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.