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Nordeste tem pior desempenho
da Sucursal de Brasília
O Nordeste foi a região que apresentou menos avanços na área de
educação básica nos últimos 15
anos, segundo os dados divulgados ontem pelo MEC.
A região tem o maior número de
professores de ensino fundamental que não completaram o 1º grau
(44,7 mil dos 63,7 mil professores
nessa situação são nordestinos), a
maior distorção entre a idade do
aluno e a série que ele deveria estar
cursando, a segunda pior taxa de
reprovação (perde apenas para a
região Norte) e o maior número de
alunos que abandonam os estudos
antes de concluí-los.
As diferenças entre o Nordeste e
Sul e Sudeste ilustram bem como
os avanços na área de educação no
país são desiguais. Enquanto no
Nordeste a defasagem idade-série
chega a 65,7%, no Sudeste ela é de
34,8% e no Sul, 27,2%.
Além dos problemas de qualidade de ensino, as condições físicas
das escolas do Nordeste também
são as piores do país: 4,6% dos
alunos nordestinos de 1º grau estudam em escolas sem energia elétrica e 2% em escolas sem água encanada. Ao todo, 1,6 milhão de
crianças nordestinas que estudam
em escolas sem luz e 689 mil em
escolas sem água.
Para o MEC, os avanços no Nordeste são mais lentos porque a região apresenta problemas crônicos, difíceis de serem resolvidos.
"O Nordeste é a região que mais
preocupa, porque os avanços lá
são realmente mais lentos devido
às condições sociais. Desde o início do governo demos atenção especial à região para tentar reduzir
a defasagem com o resto do país,
mas os avanços só serão sentidos
daqui a uns quatro ou cinco
anos", afirmou Maria Helena Guimarães, presidente do Inep.
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