São Paulo, sábado, 25 de julho de 1998

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Nordeste tem pior desempenho

da Sucursal de Brasília

O Nordeste foi a região que apresentou menos avanços na área de educação básica nos últimos 15 anos, segundo os dados divulgados ontem pelo MEC.
A região tem o maior número de professores de ensino fundamental que não completaram o 1º grau (44,7 mil dos 63,7 mil professores nessa situação são nordestinos), a maior distorção entre a idade do aluno e a série que ele deveria estar cursando, a segunda pior taxa de reprovação (perde apenas para a região Norte) e o maior número de alunos que abandonam os estudos antes de concluí-los.
As diferenças entre o Nordeste e Sul e Sudeste ilustram bem como os avanços na área de educação no país são desiguais. Enquanto no Nordeste a defasagem idade-série chega a 65,7%, no Sudeste ela é de 34,8% e no Sul, 27,2%.
Além dos problemas de qualidade de ensino, as condições físicas das escolas do Nordeste também são as piores do país: 4,6% dos alunos nordestinos de 1º grau estudam em escolas sem energia elétrica e 2% em escolas sem água encanada. Ao todo, 1,6 milhão de crianças nordestinas que estudam em escolas sem luz e 689 mil em escolas sem água.
Para o MEC, os avanços no Nordeste são mais lentos porque a região apresenta problemas crônicos, difíceis de serem resolvidos.
"O Nordeste é a região que mais preocupa, porque os avanços lá são realmente mais lentos devido às condições sociais. Desde o início do governo demos atenção especial à região para tentar reduzir a defasagem com o resto do país, mas os avanços só serão sentidos daqui a uns quatro ou cinco anos", afirmou Maria Helena Guimarães, presidente do Inep.



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